Segundo Encontro de Bartenders do Norte

Foto: Emerson Araújo

Segundo encontro Bartenders do Norte

Em 09 de Novembro, ocorreu o segundo encontro dos profissionais da área, com talks e concurso de drinks.

 

Segundo Encontro de Bartenders do Norte
Foto: Emerson Araújo

Na terça-feira, 09 de novembro, ocorreu no Moessner Pub o Segundo Encontro Bartenders do Norte. O idealizador do evento, Rodrigo Marques, conhecido popularmente como Rodrigo Drinks, conta que começou a fazer consultoria para os novos bares e restaurantes da cidade quando percebeu que não havia profissionais o suficiente no mercado para atender a demanda do alto nível das casas que estavam abrindo em Manaus. Eram estabelecimentos que vinham com novos conceitos de boa coquetelaria e drinks. “Foi quando percebi que tinha que fazer algo pra educar e qualificar profissionais novos na capital… e fazer entender que Manaus pode virar uma grande potência nesse mercado de coquetelaria e ganhar mais espaço na cena manauara.”

Em agosto daquele ano, aconteceu a primeira Convenção American Bar Bufalo, no Vieiralves. Rodrigo explica que em São Paulo é frequente ter eventos parecidos, mas justificando a falta de eventos aqui na capital, na sua opinião, essa cultura da coquetelaria é muito mais forte nessas outras regiões, além de concentrar convenções e competições maiores como a World Class Brasil, onde é disputado o título de “Melhor Bartender do Brasil”. Partindo dessas experiências, Rodrigo Drinks começou a procurar patrocinadores e a construir como seria a primeira “reunião da região norte”, a qual contou com participação de figuras importantes como Tomate Simioni, que possui mais de 15 anos de experiência em bar e, na capital amazonense, foi convidado para trabalhar no Belle Epoque Bistrô, além de ter assinado a carta de coquetéis do Barollo, Nero, Un Ba e muito outros.

“Já na segunda edição vim com mais força e com uma equipe maior, com mais indústrias parceiras e fornecedores como casas, bares, e restaurante, na segunda edição contamos com 12 patrocinadores” comentou Rodrigo. A segunda edição do Bartenders do Norte, no Moessner Pub, teve a presença de grandes nomes da coquetelaria local que se uniram para talks e palestras sobre o tema. Entre os palestrantes podemos citar Isaac Araujo – Ancho Steakburger -, Lucas Faustino – 300 Lounge – e Ivan Siqueira – Barollo. Nesta edição também aconteceu a primeira edição do Concurso de coquetéis amazônicos do Norte, com a proposta de fomentar a criatividade, e fazendo entender que em Manaus há bons insumos, frutas, especiarias e até destilados. “Esse nicho de trabalho tem crescido, a procura tem sido maior e levar conhecimento e poder compartilhar experiências tem sido gratificante. Manaus está começando a avançar o nível na coquetelaria compartilhando esses conhecimentos”, destacou Rodrigo.

Drink vencedor

Segundo Encontro de Bartenders do Norte
Foto: Emerson Araújo

Para Mathues Nunes (@nbbmatheus) , campeão desta primeira edição do Concurso de Coquetéis Amazônicos do Norte, um drink perfeito tem três pilares. O primeiro tem que ser atrativo: ter estética, ser um coquetel bonito e que desperte a vontade de consumo. O segundo pilar é o convidativo: é a proposta do coquetel, o porquê ele foi criado e qual experiência será provocada ao degustar aquele drink, e o terceiro e último é o pilar harmônico. “O coquetel tem ser independente, e acredito que tudo que faça parte da guarnição decorativa. Tem que ter haver com os aromas e composições de receita que compõe o drink, nem que seja algo mínimo. Acho que se você respeitar e conseguir idealizar qualquer coisa seguindo essas bases, de certeza você vai ter um coquetel bonito, organizado e com um conceito perfeito!”, explica Matheus.

O drink vencedor feito por Matheus foi o Mo-KA’E – pronúncia moquem -, inspirado em uma técnica ancestral usada pelos índios para defumação de peixes, frutos e outros tipos de bebidas com o intuito de conservar os alimentos. O drink Mo-KA’E é uma bebida que faz alusão a estrutura que índios usavam pra fazer a defumação. “Eles montavam uma estrutura de madeira e usavam folhas de bananeira pro vento não apagar o fogo, e conseguir preservar a fumaça defumando o alimento dentro do moquem, que e a própria estrutura. No coquetel eu uso a canela como alusão a fumaça de defumação, e a própria folha de bananeira como referência à estrutura e o abacaxi como referência ao alimento a ser conservado. O drink em si é sobre a técnica milenar de conservação de alimentos que até hoje tem grande impacto na culinária brasileira e internacional”, detalha Matheus.

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