Por que devemos investir na Bolsa de Valores?

O mito mais famoso: a Bolsa de Valores é arriscada

 

Atualmente, em qualquer investimento há riscos. Mesmo a Poupança, que para muitos é uma das formas de investimento mais seguras, foi confiscada, em 1990, surpreendendo toda a população. Além disso, é essencial destacar que existe uma regra para o cálculo de distribuição de proventos da poupança. Ela é calculada de acordo com a Taxa SELIC – a taxa de juros básica da economia. Existem duas regras:

  • Se a SELIC é maior que 8,5% o seu rendimento equivale à 0,5% ao mês + taxa de referência;
  • Se a SELIC é menor que 8,5% o seu rendimento equivale a 70% da TAXA SELIC +taxa de referência.

Nesse sentido, ressalta-se que, atualmente, a SELIC está valendo 2,75% a.a., de maneira que um rendimento anual seria da ordem de 1,93%, ou seja, se investíssemos R$ 1000,00, teríamos R$1019,30 ao final do ano. Isto é, um rendimento líquido de apenas R$19,00, desconsiderando o fator inflação. Para calcular a rentabilidade real de nossos investimentos, também é necessário subtrair a inflação – o aumento geral dos preços de produtos e serviços – que, nos últimos 12 meses, a acumulada foi de 5,20%. Logo, haja vista a SELIC em patamares muito baixos em relação a períodos anteriores, torna-se inviável a aplicação em poupanças. Pois, isso configuraria em uma perda de capital, já que a rentabilidade real anual seria de – 3,27%.

É notório que muitas pessoas ainda possuem receios de investir na Bolsa de Valores devido aos altos riscos que ela impõe. Contudo, tendo em vista essa rentabilidade real anual negativa na Poupança, é essencial que elas obtenham outras formas de investimentos. Nos Estados Unidos, mais da metade da população investe na Bolsa Americana devido aos baixos juros e aos contratos entre empresas e empregados de bônus lastreados em ações dessas próprias empresas.

 

O segundo mito: é preciso de tempo para investir na Bolsa de Valores

Outro mito sobre a Bolsa é a necessidade de tempo ocioso para acompanhar o mercado financeiro. Atualmente, existem diversas empresas que repartem seus lucros aos seus acionistas – os chamados dividendos. Ressalta-se, ainda, que tais dividendos podem atingir a ordem de 6% dependendo da empresa selecionada. Assim sendo, o investidor, além de se beneficiar com valorização dos papéis, também o será com os lucros dessa empresa, de modo a ser possível bater a inflação e, por conseguinte, obter uma ótima rentabilidade anual.

Portanto, é plausível dizer que a Bolsa de Valores oferece diferentes opções de investimentos tanto para as pessoas que não possuem tempo suficiente de analisar o mercado diariamente quanto para aquelas que a acompanham em tempo real. Desse modo, pode-se encerrar o presente artigo com um questionamento final: é preferível um prejuízo seguro de 3,27% a.a. na Poupança, ou a possibilidade de um ganho de 10% a.a. na Bolsa de Valores?

 

Até a próxima!

Jorge Moura

Graduado em Ciências Navais pela Escola naval, estuda a Bolsa de Valores há 7 anos e opera no mercado financeiro desde 2019

Instagram: @jorgemoura2

 

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