Até pouco tempo atrás, muitas pessoas saiam de casa quando os filhos ainda estavam dormindo e, quando chegavam, já era a hora dos filhos adormecerem novamente. Com a chegada do COVID-19 e o isolamento social tão necessário para seu combate, fomos obrigados a desacelerar.
Hoje, essa nova realidade nos faz criar novos hábitos com aqueles que moram dentro da nossa própria casa. Afinal, quem disse que é fácil o dia a dia no isolamento social? As estatísticas divulgadas pela China[1] e por Nova York[2] estão aí para nos provar o quanto é difícil ter inteligência emocional para superar essa fase que, ao invés de fortalecer os vínculos, criando laços, tem gerado violência doméstica e divórcios.
Mas, na prática, quais hábitos devo adotar para melhorar minha comunicação em casa e, consequentemente, ter uma convivência mais harmônica com aqueles que nela habita? Vou dar algumas dicas, vamos lá!
- Pratique uma ESCUTA ATIVA, ou seja, quando alguém estiver falando com você, pare o que estiver fazendo e se conecte a ela, escutando com atenção o que tem a lhe dizer;
- OLHE NOS OLHOS, evite falar com alguém e ficar de olho do celular ao mesmo tempo, por exemplo;
- Estabeleça uma ROTINA entre todos os moradores da casa, definindo previamente os deveres domésticos de cada um;
- Evite deixar desavenças para depois. Ao surgir uma situação conflitante, converse a respeito, buscando uma solução que agrade a todos;
- Ao invés de acusar o outro, fale sobre seus SENTIMENTOS ao se deparar com aquele comportamento indesejado;
- Seja claro em relação ao comportamento que você espera do outro para que suas necessidades possam ser atendidas;
- Seja grato e faça elogios. Sejam gentis uns com os outros!
Por fim, o importante é utilizarmos essa fase de isolamento para desenvolver recursos que possam contribuir para a construção de um futuro melhor, trazendo harmonia, tranquilidade e diálogo para os nossos lares.
Dra. Carolina Matos Carvalho Norões
Defensora Pública no Amazonas, Mediadora de Conflitos e Consteladora Familiar e Sistêmica, Mestranda em Direito e Gestão de Conflitos pela Unifor. Pós-graduanda em Psicologia Positiva, Ciência do bem-estar e autorrealização pela Pontifícia Universidade Católica – PUC/RS. Atualmente, está como Vice-Presidente da Comissão de Métodos Consensuais de Tratamento de Conflitos da OAM/AM.