Com trama cheia de mistérios e revelações, a série ‘Ratched’ ainda tem Sarah Paulson e Sharon Stone

Quando a Netflix anunciou a série “Ratched”, dois grupos de fãs se sentiram contemplados: os do filme ‘Um Estranho no Ninho’, clássico de Milos Forman com Jack Nicholson no elenco, e os de Sarah Paulson, já muito conhecida no universo das séries. A série de Ryan Murphy, disponível na Netflix, conta a história da enfermeira Mildred Ratched, interpretada no longa de 1976 por Louise Fletcher, e busca explorar de maneira mais profunda a enigmática personagem.

Em ‘Ratched’, Mildred volta à cena, interpretada por Paulson, com direito a figurino e cenografia impecáveis, marca registrada de Murphy, uma espécie de midas das séries. Na trama, que se passa na década de 1950, no pós-guerra, as cenas são bastante impactantes e, em alguns momentos, chocantes, característica já conhecida do criador, responsável também pela premiada ‘American Horror Story’, atualmente com nove temporadas.

Em oito episódios de cerca de uma hora cada, acompanhamos os crimes e a história da impiedosa e ardilosa enfermeira, capaz de tudo, tudo mesmo, para cumprir um pacto feito na infância. Mildred Ratched chega a uma cidadezinha da Califórnia para trabalhar no hospital psiquiátrico comandado pelo enigmático Dr. Hanover (Jon Jon Briones). Na mesma época, chega ao hospital um perigoso psicopata, Edmund Tolleson (Finn Wittrock), acusado de crimes horrorosos. O assassino fica isolado o tempo todo e se torna uma peça importante em um jogo político.

Também fazem parte da trama central, a esnobe Lenore Osgood (Sharon Stone, mais linda do que nunca), a enfermeira-chefe Judy Davis, e a assessora do governador da Califórnia, Gwendolyn Briggs (Cynthia Nixon).

 

Figurino, um show à parte

Os looks de Sarah Paulson, ou melhor, de Mildred Rathed enchem os olhos, com casacos e tailleurs de corte perfeito, luvas e chapéus. E as cores… ah, as cores, em uma cartela em que predominam tons fortes, combinam com o cenário. No primeiro episódio, a personagem já surpreende com um look lavanda com detalhes em vermelho, e segue arrasando com um vestido mostarda, e por aí afora. Sharon Stone também aparece extraordinária. Com modelitos chiquérrimos, fluidos e maximalistas, compondo com as roupinhas usadas por seu macaco de estimação, que sempre fica em seu ombro.

Figurino e cenário ganham reforço de uma fotografia para lá de especial. Nas cenas mais tensas, a luz muda de cor, aumentando a vibe de suspense e medo. O uso do vermelho e do verde são constantes nesses momentos.

A locações também são de tirar o fôlego. Repleta de ângulos vertiginosos das paisagens costeiras do norte da Califórnia, a série se passa em uma pequena cidade no condado de Monterey, mas teve externas rodadas em outras cidades para garantir cenas ainda mais impressionantes.

 

DIVERSIDADE

Se tudo isso ainda não foi o suficiente para convencê-lo assistir a série, talvez as discussões que ela traz possam interessar. Por se passar nos anos 1950, logo após a Segunda Guerra Mundial, é possível ver Dr. Hanover buscando diferentes técnicas na tentativa de curar seus pacientes de males da cabeça, como trepanação, lobotomia, hipnose, drogas alucinógenas.

A homossexualidade, tema recorrente nas histórias de Ryan Murphy, é tratada como doença. Esse fato gera cenas fortes e também tristes, que nos fazem pensar sobre o sofrimento e exclusão dessa minoria e também os avanços feitos pela comunidade LGBT ao longos de todos esses anos. Para o final de semana, nossa indicação é definitivamente ‘Ratched’. Assista!

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