O conceito de beleza sempre teve espaço na temática da humanidade, porém sua definição é mais profunda que a forma física e está relacionada à autoestima, à autoaceitação e ao bem estar. Faces atraentes, independentes do tipo racial, possuem alguns padrões estéticos e proporções em comum que definem sua beleza. Sendo o nariz sua estrutura central e mais proeminente, ele é um dos grandes responsáveis pela harmonia facial. Por essa importância, ele é alvo frequente de insatisfação, tornando a rinoplastia (cirurgia do nariz), um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados no meio da plástica.

Historicamente, a primeira técnica de cirurgia de nariz foi descrita na antiga Índia, 600 a.C., por Sushruta Samhita, porém somente no final do século XIX as bases da moderna rinoplastia estética foram sedimentadas. Os crescentes estudos sobre a rinoplastia, buscam oferecer ao cirurgião opções de resultados mais naturais e duradouros. Em associação ao desenvolvimento de novas técnicas cirúrgicas e de cuidados pós-operatórios, o intenso intercâmbio de informações nas últimas décadas impulsiona os pacientes a serem mais participativos nas decisões cirúrgicas e mais exigentes em relação aos resultados. Cabe ao cirurgião cultivar a relação médico-paciente, reconhecendo suas queixas, estabelecendo o diagnóstico mais adequado e orientando sobre expectativas reais ao tipo físico.

Ao examinar o paciente candidato à rinoplastia estética, o cirurgião deve englobar em sua avaliação às funções respiratória, olfatória e fônica, planejando a sua melhora após a cirurgia. Sendo assim, o bom resultado pós operatório leva em consideração não só a evidente solução estética, como também a questão funcional.

Ao se entender que não existe um padrão estético único para todo o nariz, mas um equilíbrio entre cada face e cada indivíduo, cabe ao cirurgião em conjunto com o paciente decidir quais são as mudanças estéticas mais apropriadas, respeitando sempre a individualidade da beleza que nos faz únicos. Essa sensibilidade que deve ser inerente ao cirurgião plástico faz de nossa classe não somente operadores e repetidores manuais, mas psicólogos com o bisturi na mão.

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Dr. Lucho Montellano

Hospital Santa Júlia