Pôr do sol na torre

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O mote “viver juntos”, mais que um imperativo de entendimento entre humanos e não humanos que aqui vivem, é, para o Musa, símbolo de um projeto de educação e solidariedade empenhado em promover o convívio dos cidadãos na diversidade cultural, biológica, social e política da grande bacia amazônica

 

Criado em janeiro de 2009, o Musa ocupa 100 hectares da Reserva Florestal Adolpho Ducke, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, em Manaus. Uma área de floresta de terra firme, nativa, que há mais de 60 anos vem sendo estudada com paixão. Os resultados dessas pesquisas, reunidos em catálogos sobre temas como plantas, pássaros e rãs, contam o que o Musa quer mostrar ao visitante.

 

MUSA/Divulgação

 

Encontramos no Musa: exposições, viveiro de orquídeas e bromélias, lago, aquários e laboratórios experimentais de serpentes, de insetos e de borboletas. Uma torre de 42 metros permite fruir uma magnífica vista do dossel das árvores da floresta, inesquecível quando vista às seis da manhã.

Trilhas na floresta proporcionam ao visitante passeios agradáveis e descobertas surpreendentes. No Musa são desenvolvidas pesquisas em divulgação e popularização da ciência e da educação científica e cultural.

Casa de cultura e ciência, de convivência e celebração da diversidade do ser no mundo. Um lugar onde os humanos e não humanos vivam juntos, felizes.

 

Destacamos alguns dos itens para que você já saiba um pouco do que vai poder ver.

 

Torre de observação

A torre de aço, com seus 42 metros de altura, 242 degraus e 81 m2 de base, rivaliza em majestade com as grandes árvores da floresta. As três plataformas localizadas, a 14, 28 e 42 m de altura, permitem que cerca de 30 visitantes, distribuídos nos diferentes níveis, observem pássaros e verdes, silenciosamente.

 

Torre de observação de 42 metros • Foto Vanessa Gama / Musa

 

A torre convida também à observação do pôr do sol, de 17h30 às 18h30, conforme a época do ano. Ou ainda, é céu noturno que convida, e a torre tem sido utilizada por astrônomos amadores.

 

Torre de observação • Foto Vanessa Gama / Musa

 

A torre funciona de segunda a domingo (exceto quartas-feiras), das 9h às 17h (o portão de entrada do Musa fecha às 16h). Nascer e pôr do sol, observação de aves e visitas em horários especiais devem ser agendados.

 

Trilhas

A Reserva Florestal Adolpho Ducke é uma das poucas florestas primárias em área urbana do mundo. Caminhar pelas trilhas dessa floresta é um convite para ver e ouvir de perto a deslumbrante diversidade de pássaros e insetos, folhas, cipós em busca do sol… perceber perfumes, odores de resinas, madeiras compostas e decompostas, luzes e sombras.

 

Preguiça-de-bentinho (Bradypus tridactylus) • Foto Vanessa Gama / Musa

 

Se as árvores e os insetos fossem livros, estaríamos percorrendo as estantes de uma biblioteca. Páginas que contam histórias de dez mil anos, adaptações de milhões. Tempo bastante para que a natureza tenha escondido nelas segredos que nos fascinam e que queremos decifrar.

Ao caminhar na floresta somos todos um pouco índios, botânicos ou ecologistas. Encantados queremos encantar, perceber e ser percebidos.

 

Lago das vitórias-régias

As famosas vitórias-amazônicas (Victoria amazonica), também denominadas de vitórias-régias, em homenagem à rainha Vitória da Inglaterra, podem ser admiradas no lago do Musa.

 

A flor aberta • Foto Vanessa Gama / Musa

 

As flores das vitórias-amazônicas intrigam os visitantes que por elas passam. Lindas e perfumadas, duram em média 48 horas. Inicialmente são brancas, tornando-se róseas no segundo dia de vida.

 

Aquários

No meio da floresta, logo ao lado do lago das vitórias-régias, perto do recanto das samambaias, você encontra o Aquário Denis e Luciana Minev. O nome do jovem casal foi dado a ele em homenagem ao incentivo que deles recebemos para construir no Musa Jardim Botânico um aquário de bom porte, ventilado a céu aberto.

 

Pirarara (Phractocephalus hemiliopteus) • Foto Jhomaxon Gonçalves / Musa

 

Grande ma non troppo (6 x 2,5 x 2m), como aliás os peixes que lá encontramos: pirarucus de porte moderado, tambaquis, aruanãs, pirararas. Peixes que estão crescendo e logo logo precisarão de um tanque maior. Os pirarucus são peixes pulmonados e sobem à superfície para respirar. Conta-se que os conhecedores indígenas reconhecem os pirarucus pelos suaves ruídos emitidos quando sobem para respirar, lhes dão nomes e sabem dizer, no silêncio dos lagos próximos de suas aldeias, de quem foi o último respiro.

 

Orquídeas e bromélias

O Orquidário e bromeliário Nora Benchimol Minev é assim denominado em homenagem ao incentivo e à simpatia que nos dedicou a senhora Nora, amante das orquídeas, durante os trabalhos de recuperação e ampliação do orquidário do Musa Jardim Botânico.

 

Orquídea-chocolate (Braemia vittata) • Foto Vanessa Gama / Musa

 

Mais de cem espécies de orquídeas e 40 espécies de bromélias estão reunidas no viveiro. São plantas coletadas na Reserva Ducke e em diferentes regiões da Amazônia.

A floração das orquídeas é um espetáculo à parte. Os visitantes têm a chance de sentir o perfume característico da Braemia vittata, ou orquídea-chocolate, que costuma abrir seus botões no início de novembro, e ver os cachos amarelos da Octomeria grandiflora, que exibe suas cores no curto intervalo entre o final de fevereiro e o início de março.

Não menos exuberantes, as bromélias atraem turistas e também animais como sapos, que costumam usar suas folhas para se abrigar, e não se importam em virar estrelas diante das câmeras dos visitantes.

 

Borboletas

Tempos atrás, um visitante norueguês, amante de borboletas, confessou com lágrimas nos olhos que nunca havia visto ao vivo uma Morpho helenor, a belíssima borboleta-azul. Comum na floresta, sempre presente no borboletário… ela pousou no seu ombro. Nunca mais esquecerá.

 

Pierella sp. • Foto Vanessa Gama / Musa

 

Estima-se que existam cerca de 500 espécies de borboletas na Reserva Ducke, e nas trilhas é comum encontrar magníficas borboletas atravessando o caminho.

No Laboratório experimental de borboletas, o visitante pode acompanhar todo o ciclo de vida das borboletas, desde o estágio dos ovos, de onde eclodem em larva para virarem lagartas, que se alimentam e crescem até formarem pupas (crisálidas), para, em seguida, eclodirem em adultos (imagos) — metamorfoses que é fotografada e filmada com grande ampliação. Um espetáculo imperdível.

 

Existe muito mais para ser visto no MUSA. Você pode optar por fazer uma visita e então desfrutar de um belo café da manhã no local e ainda conhecer todas as atrações.

 

Localização

Av. Margarita, 6305 (antiga Uirapuru)
Jorge Teixeira – Manaus, AM
CEP 69088-265

Horário de funcionamento
De 8h30 às 17h (o portão de entrada fecha às 16h)

Abertos todos os dias, menos na quarta-feira que está fechado para manutenção.

 

Ingressos

Visitas guiadas: R$ 50

Agendamento exclusivo por e-mail: [email protected]

 

Visitas sem guia: R$ 30

O passeio inclui as trilhas na floresta e a subida na torre

Não á necessário agendamento

 

Entrada gratuita: crianças até 5 anos, quando acompanhadas dos pais pagantes

Meia-entrada: estudantes, idosos brasileiros e participantes do Programa Nosso Musa*

* O Programa Nosso Musa contempla os moradores de Manaus que apresentarem documento de identidade com foto e comprovante de residência

 

(Com informações da assessoria)

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