Virose: Sintomas, tratamento e recuperação

Ter filhos pequenos é conviver com o diagnóstico de virose. Mas muitas dúvidas persistem: como tratar virose, o que fazer para ela passar mais rápido, quais são os seus sintomas…. Embora, a gente encare muitos episódios desse quadro ao longo dos primeiros anos de vida das crianças, a verdade é que a gente nunca se acostuma com isso e, vira e mexe, ainda não sabe bem como lidar com esse tipo de doença.

Pensando nesse tormento tão presente em nossas vidas, reunimos algumas informações valiosas que podem ajudar bastante a enfrentar a chata da virose. Vamos entender melhor do que se trata, quais são as medidas aconselhadas no tratamento de virose, quais são os hábitos que favorecem a recuperação da criança e o que não devemos fazer quando o diagnóstico (feito por um médico, é claro) determinar que é mesmo um caso de virose.

O que é virose

Virose é um termo genérico que se refere a qualquer doença infecciosa provocada por vírus. Ou seja, inúmeras doenças podem ser classificadas dessa maneira. No entanto, costumamos utilizar essa palavra para nos referirmos a doenças provocadas por vírus que atingem as vias respiratórias ou o sistema gastrointestinal da pessoa. Viroses respiratórias e viroses gastrointestinais são as doenças mais frequentes em crianças e é sobre elas que estamos falando aqui. Ambos os tipos normalmente passam espontaneamente, sem causar maiores complicações. De qualquer forma, como em todos os quadros que envolvem a saúde da criança, é importante a avaliação médica, principalmente se os sintomas piorarem depois do terceiro dia ou se forem muito intensos desde o início.

Sintomas mais comuns das viroses

No caso de virose gastrointestinal, os sintomas mais comuns são diarreia, vômito, náusea, mal-estar, cólicas, dor abdominal e febre, enquanto, nas viroses respiratórias, é comum aparecerem febre, obstrução nasal, coriza, tosse, espirros, dor de garganta, dores no corpo e falta de apetite. Em geral, os sintomas duram um tempo definido e, aos poucos, vão diminuindo até passarem em cerca de uma semana a dez dias. Por isso, ouvimos dos médicos que a virose tem um ciclo autolimitado, ou seja, que ela evolui sem que a gente possa interferir na duração da doença. O que não quer dizer que não existam cuidados que podem sim facilitar a recuperação do corpo e aliviar o sofrimento dos nossos pequenos, não é mesmo?

Medicamentos para viroses

Não existem remédios para combater os vírus causadores dessas doenças. O que os médicos orientam é que os medicamentos sejam usados para alívio dos sintomas. Ou seja, a ideia é tratar a febre, a indisposição, as dores, os enjoos e outros desconfortos que tiram o sossego das crianças (e o nosso!). Antibióticos não são prescritos nesses casos e não ajudam em nada. Pelo contrário, quando utilizados sem necessidade. Lembrando sempre que quem deve receitar medicamentos e orientar sobre como usá-los são apenas os profissionais da saúde, combinado?

Tratamento para viroses

Além dos medicamentos que ajudam no combate aos sintomas, algumas medidas de saúde podem dar uma boa força no enfrentamento do problema. São orientações práticas que facilitam o trabalho do sistema imunológico da criança. E, acredite, elas podem fazer uma diferença e tanto! Veja o que fazer:

Repouso. Não tem conversa: criança doente precisa descansar! Por isso, nada de brincadeiras agitadas e esforço físico, mesmo que os sintomas da virose estejam fraquinhos. Sonecas e longas noites de sono estão mais que liberadas. Mas, atenção: se a criança estiver muito prostrada e caidinha demais, procure um médico.

Alimentação leve e saudável. Durante o transcorrer da virose, todas as energias do organismo se voltam ao seu sistema de defesa, que fica empenhado em combater o agressor. Por isso, nada de alimentação pesada, difícil de digerir, ou alimentos ruins para a saúde. Vale tirar do cardápio qualquer gordura e açúcar. Guloseimas e fast food, ficam, portanto, proibidas, enquanto as frutas e as sopas de legumes caem bem.

Muita hidratação. E nada de isotônicos, sucos industrializados ou refrigerantes. Hidratação se faz com água mesmo e, no máximo, chás, sucos naturais e água de coco.

Arejar os ambientes. Como se tratam de doenças transmissíveis, reforçar os cuidados para que as pessoas ao redor não sejam contaminadas, é dica essencial. Os ambientes da casa devem ficar ventilados e itens pessoais, como talheres, copos, toalhas e travesseiro, não devem ser compartilhados.

Evitar sair de casa. Durante esses dias, o ideal é manter a criança na toca e nada de escola! A gente sabe que nem sempre é possível e que poder ficar com a criança em casa é um verdadeiro luxo para muitas famílias. Mas, caso seja viável para você, não tenha dúvidas de que é o melhor a fazer.

E, antes de encerrar, vale dizer: a correta higiene das mãos tem um enorme poder de prevenção das viroses, e é um hábito simples, fácil de ser adotado. 

Fontes: Sociedade Paulista de Infectologia; Ministério da Saúde; e Hospital Sírio Libanês e www.mildicasdemae.com.br

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