Entre rios de águas tão límpidas que é possível distinguir cada um dos peixes que ali vivem, corredeiras que desabam de alturas de 86 m, grutas e a exuberância e riqueza quase infinita da Floresta Amazônica, o Estado pode orgulhar-se de possuir recursos naturais que dão inveja a países inteiros de outras partes do mundo.
A mescla de bucólico e urbano, cheiro de terra em alguns locais, barulho de máquinas e brilho de luzes em outros, pode ser encontrada de Norte a Sul no Estado, bem como o canto das aves e um rio tão volumoso que se confunde com o mar. Todo esse potencial, condensado numa única vertente dos negócios que, se feitos de maneira sustentável, não apenas do ponto de vista ambiental mas também social, pode trazer benefícios duradouros à sociedade: o turismo rural.
Dados do Instituto de Desenvolvimento do Turismo Rural (Idestur) apontam que essa forma de explorar a natureza, cidades e vilarejos que ainda sofreram pouca influência do desenvolvimento urbano das metrópoles, surgiu na década de 1950 em muitos países do Centro e do Norte da Europa. A partir dos anos 1980, essa vertente do entretenimento chegou à América do Sul, em países como Brasil, Argentina e Uruguai .
Porém, o que pode ser considerado como turismo rural? Ainda de acordo com o Idestur, são as atividades recreacionais que utilizam como elemento vital os recursos culturais do território rural, levando viagens ao universo ambiental, artístico, histórico e vivencial, como a roda de viola, cavalgadas e que, ao mesmo tempo, permitem a integração com o cotidiano da roça, com princípios fundamentais como a valorização territorial, a preservação das raízes rurais, a harmonia e a sustentabilidade ambiental e a identidade e o envolvimento da comunidade local.
Como potência do agronegócio, Mato Grosso pode se beneficiar desse tipo de atividade, tendo em vista que o turismo impacta sobre o tipo de agricultura, de alimentos específicos a se produzir e a escala de comercialização a se alcançar, de acordo com o “Boletim de Oportunidades de Negócios”, publicação do Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), de 2012.
Poconé e Cáceres, respectivamente a 102 km e 222 km da Capital, já possuem alguns hotéis que oferecem, além da estadia, serviços que contemplem a lida no campo, como manejo de gado, produção de derivados de leite, ordenha e outras atividades. Outras cidades, localizadas no Norte e na região do Araguaia, também possuem atrativos que podem seduzir turistas que estejam interessados em conhecer a cultura e a tradição do povo mato-grossense.
Fonte: http://circuitomt.com.br/