Shirllene Soares

Shirllene Soares - Foto: Jammes Aguiar.

Regulação emocional

Com mais de 15 anos de experiência em psicologia clínica no atendimento de crianças, adolescentes, adultos, idosos e famílias, a psicóloga Shyrllene Soares foca atualmente seus estudos e sua atenção na terapia comportamental Dialética — DBT, lidando com demandas de desregulação emocional de alta complexidade. Seu sentimento é de otimismo ao buscar recursos científicos visando ajudar cada vez mais pessoas.

 

Além da psicologia clínica, quais suas outras atividades e especializações?

Sou fundadora da Clínica de Psicologia do Amazonas onde atuo com os atendimentos psicoterapêuticos individuais, grupos terapêuticos e treino de habilidades em DBT, auxiliando o paciente no desenvolvimento de habilidades de mindfulness, efetividade interpessoal, regulação emocional e tolerância ao mal-estar. Sou fundadora do Instituto Ter Mais, no qual atuo como gestora e trainer em treinamentos vivenciais para todas as idades, objetivando o equilíbrio emocional nas famílias. Pelo instituto também desenvolvemos programas voltados para o aprimoramento de diversos profissionais da área da saúde, principalmente psicólogos. São cursos de aperfeiçoamento na prática clínica, workshops, palestras e treinamentos vivenciais, que contamos com a parceria de profissionais de grande referência em suas áreas de atuação, proporcionando uma incrível troca de experiência. Especialista em Terapias Cognitivas (Cognitiva Scientia), Neuropsicologia Clínica (Cognitiva Scientia), dependência química (UCB), Psicopatologia (Unicsul).Tenho formação em DBT — Dialectical Behavior Therapy: Intensive Training — Behavioral Tech, LLC BTECH, Practitioner em PNL (INEXH) e Life coach (SLAC) e continuo em busca de mais conhecimentos para auxiliar as pessoas que me procuram.

O que a motivou ou originou seu interesse pelas Terapias Cognitivas?

As terapias cognitivas possuem estudos atualizados constantemente, com um modelo cientificamente fundamentado e eficácia comprovada com base em estudos clínicos, são classificadas terapias baseadas em evidências o que me deixa muito mais tranquila em minha atuação.

Shirllene Soares
Shirllene Soares – Foto: Jammes Aguiar.

Como a senhora vê o futuro do trabalho clínico com as terapias cognitivas?

As terapias cognitivas, principalmente as terapias de terceira onda, conseguem unir o rigor técnico/científico e os aspectos emocionais, evidenciando transformações profundas nas crenças que tanto limitam e comprometem o desempenho do indivíduo.

A senhora tem um número fixo (pré-determinado) de sessões com os clientes?

Cada paciente deve ser avaliado dentro da sua individualidade e permanecer no processo psicoterapêutico enquanto tiver demandas.

Como é lidar e atender o mundo lúdico infantil, familiar e geriátrico?

O perfil de cada um. No caso do trabalho com a criança, precisamos utilizar recursos lúdicos para estabelecer vínculos e por meio do brincar, acessar o mundo interno ajudando a criança e os pais a ressignificarem o que está interferindo no desenvolvimento emocional saudável da mesma.

Já com as famílias, estamos falando de pessoas diferentes, com interesses diferentes, mas que precisam viver o mesmo objetivo no núcleo familiar. Em muitos momentos parece missão impossível, mas precisamos entender que todos estão fazendo o melhor que podem com os recursos que tem!

Então, o trabalho é validar a emoção e os sentimentos de cada um, ajudar a reorganizar tudo e no processo psicoterapêutico auxiliar todos a buscarem novos recursos, para juntos alcançarem uma dinâmica familiar em equilíbrio.

E o trabalho com idoso é um trabalho que considero fundamental para saúde emocional nessa fase da vida, por ser uma fase que a pessoa sente tantos medos, como: de perder pessoas que ama, pois, já começa a vivenciar perdas de amigos e familiares idosos, medo de morrer e principalmente o medo do abandono por vivenciar o sentimento de inutilidade. Portanto, organizar o mundo emocional é para todas as fases da vida.

Shyrllene Soares
Shirllene Soares – Foto: Jammes Aguiar.

Atuando há mais 15 anos neste segmento de atendimento comportamental, como avalia a necessidade terapêutica nos dias de hoje?

Atualmente, as pessoas tem sofrido muita pressão com excesso de informações instantâneas vindo de todos os lados constantemente. O resultado disso é alteração na qualidade dos relacionamentos familiares, que faz com que na maioria das vezes as pessoas se desconectem da emoção e até mesmo um do outro dentro da própria casa. Por isso, o processo psicoterapêutico se faz essencial para prevenção e manutenção da saúde emocional.

Pensando nisso, além do processo psicoterapêutico individual, percebi a necessidade de montar “grupos terapêuticos essenciais” para trabalhar por faixa de idade, demandas importantes para o desenvolvimento socioemocional de crianças, adolescentes, jovens adultos e adultos.

O que são grupos terapêuticos essenciais?

São grupos terapêuticos  “ESSENCIAIS PARA A VIDA” que auxiliam os participantes a identificarem pensamentos, perceberem comportamentos, sentimentos e emoções, para que assim, possam desenvolver habilidades essenciais para seu processo de autorregulação emocional para que no futuro possam construir vidas que valem a pena serem vividas.

Os grupos terapêuticos são montados por faixa de idade, são pacientes de psicoterapia individual que associam as sessões individuais as sessões de grupo:
ESSENCIAL KIDS — para crianças 6 a 9 anos, ESSENCIAL TEEN — para pré-adolescentes 10 a 13 anos, ESSENCIAL JOVEM — para adolescentes 14 a 19 anos, ESSENCIAL ADULTO JOVEM — adultos 20 a 27 anos, ESSENCIAL PAIS — pais que buscam desenvolver habilidades essenciais para auxiliarem os filhos no processo de desenvolvimento socioemocional, mantendo uma relação assertiva e afetiva com os filhos.

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