Quem nunca ouviu de um parente mais idoso, ou de um pediatra mais antigo a seguinte frase? “ Não quer comer? Então deixa sentir fome, que irá comer! Não morre não! ”.
Mas não é bem assim, a criança tem por instinto o ato de comer no momento em que nasce, mas de acordo com o seu desenvolvimento motor, ela necessita aprender assim como todas as outras funções que aprende e desenvolve ao longo de sua vida.
A Seletividade alimentar, acomete principalmente crianças do espectro autista que apresentam aversão a certos alimentos, tendo preferência por carboidratos, lanches e alimentos processados e resistência a frutas, vegetais e proteínas. A seletividade nos autistas se apresenta de forma bem severa, em muitos casos, sendo irreversível, suas preferências em geral são pelas texturas macias (ex: tomate cereja), cor, sabor, forma (preferem líquidos ou pastosos), apresentação dos pratos até a temperatura da comida, sendo algo bem particular.
Já quando se trata de uma criança sem transtornos, somente com dificuldades alimentares, devemos avaliar como um todo o comportamento alimentar da família que esta criança está inserida. Uma criança é reflexo dos seus pais, se no momento das refeições, cada componente desta família faz sua refeição em um cômodo da casa diferente, não podemos esperar que esta criança faça suas refeições à mesa. Se esta criança possui irmãos mais velhos que na hora do lanche, comem salgadinhos com refrigerantes, não podemos exigir que esta criança adore comer frutas, sendo assim um pequeno exemplo da diferença do que somos e do que queremos que o outro seja.
Portanto papais e mamães, observemos o nosso próprio comportamento durante as refeições para que possamos ter em casa bom exemplos e uma família mais saudável.
Dicas para minimizar a seletividade alimentar: Não forçar a criança a comer aquele alimento “indesejado”, porem apresenta-lo em outro momento de outra forma; ter à mesa uma alimentação sempre bem colorida e atrativa; demonstrar o quão saboroso está aquele alimento; evitar guloseimas antes das principais refeições; sempre que puder, inserir a criança nos preparos das refeições; parabenizar as pequenas conquistas do seu pequeno (a); sempre apresentar a importância das frutas, legumes e vegetais para a saúde das pessoas.
Dra. Michelle Bessa Ferreira
Nutricionista Pediátrica e na Adolescência
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