Reserva lança linha inovadora de roupas para público Pcd

Para Rony Meisler, o exemplo deve impulsionar outros empresários da moda nacional a criarem linhas de produtos similares para mais de 45 milhões de pessoas que vivem com diferentes deficiências

Se o Brasil fosse uma cidade com 100 habitantes, 24 deles teriam algum tipo de deficiência. Foi o que mostrou o IBGE no Censo Demográfico de 2010. Naquela época, ao menos 45 milhões de brasileiros eram portadores de algum tipo de deficiência, quase 25% de toda a nossa população. “Até aqui, esse público não era representado na moda, pelo menos até aqui”, diz Rony Meisler, CEO da AR&Co, grupo o qual pertence a Reserva, que anuncia um lançamento diferente de tudo já visto no mercado para o público PcD. “Somos a primeira marca do Brasil a entrar nesse mercado com uma linha de roupas totalmente adaptável”.

O lançamento se dá a partir da parceria com a Equal, marca pioneira no desenvolvimento de roupas inclusivas. “O fato de não oferecermos uma linha adaptada ao público PcD sempre foi para nós motivo de ansiedade e tristeza. Isso mudou quando, há mais de três anos, encontramos a Silvana Louro, CEO e fundadora da Equal. Desde o primeiro contato ela nos ajudou, se juntando a nós na construção da nossa linha Adapt&. Quando começamos a falar de nosso propósito e sobre o Capitalismo Consciente, o mercado ainda dava seus primeiros passos na percepção de que negócios de impacto positivo são benéficos para todos. Mas hoje está mais do que provada a tese de que assim o negócio vira ganha-ganha-ganha. Ganha o cliente, ganha o negócio e ganha a sociedade”, explica Meisler.

A coleção terá 14 peças com aparência, modelagem, conforto e qualidade idêntica aos produtos tradicionais mais vendidos pela Reserva, porém com todos ajustes ergonômicos e funcionais que irão fornecer mais autonomia ao público PcD. Entre as adaptações das peças estão a colocação de zíperes laterais nas calças para facilitar o vestir de pessoas com mobilidade reduzida, botões substituídos por velcro e punhos com botões de pressão.

“A Reserva foi a única marca que acreditou na Equal Moda Inclusiva e partiu para cima. Todas as adaptações nas roupas foram produzidas com excelência para que pessoas com deficiência não sintam mais desconforto ao se vestirem. A pessoa com deficiência não é excluída. Ela quer ocupar diferentes lugares e se sentir bem vestindo roupas que são iguais às convencionais. Quem vê de fora nem percebe as adaptações. Com o lançamento não me sinto mais sozinha”, exalta Silvana Louro, CEO da Equal.

Meisler destaca ainda que cada peça foi cuidadosamente desenhada a partir da ergonomia e das características sensoriais do corpo humano e que, como empresário, espera fomentar o mercado e que outros negócios a também criarem soluções para este público que hoje não é prioridade para a maioria das empresas.

“Se o conselho é bom o exemplo arrasta. Quanto mais verdadeiramente nos envolvemos para escutar, aprender e realmente compreender os problemas das pessoas, mais construiremos boas soluções para as suas vidas e, por consequência, também para os nossos negócios. Que o exemplo da Reserva arraste a multidão de empresários da moda nacional para criar linhas de produtos similares. Que o exemplo da Silvana Louro arraste multidões de novas empreendedoras de negócios e marcas como a Equal”, finaliza.

Para esse lançamento, além da parceria com a Equal, a equipe de estilo da Reserva contou com o auxílio do funcionário Eduardo Drummond, analista da área de Felicidade que é PcD. “Eu acho que a criação de roupas adaptadas para pessoas com deficiência vai muito de acordo com o pensamento da Reserva de que as pessoas sempre vêm antes das roupas. O lançamento do Adapt& é um marco na história da marca, ajudando diversos PcDs na hora de se vestir, gerando maior independência para esse grupo. Pensando no caso de pessoas com paralisia cerebral, eu acho que os botões vão ser um grande facilitador, pois quem possui problemas motores tem certa dificuldade ao prender os botões, ou seja, o zíper tem um papel de extrema importância para elas”, diz Eduardo.

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