O câncer de próstata é o tumor mais frequente e a terceira causa de morte por câncer entre os homens. Se diagnosticado precocemente, as chances de cura são muito altas, passando de 90%, e a intensidade e duração dos tratamentos são bem menores.
É importante aos homens saberem das opções de tratamento disponíveis para se alcançar a cura dessa doença. Os dois principais tratamentos curativos da doença são a cirurgia e a radioterapia.
Na radioterapia, a radiação é depositada em toda a próstata através de um aparelho chamado acelerador linear. Esse tratamento é como um banho de luz direcionado para a próstata. Para atingir a próstata sem prejudicar os órgãos normais, como bexiga e intestino, o planejamento desse tratamento é atualmente realizado por sofisticados programas de computador que informam como a máquina deve liberar a radiação para que fique concentrada na próstata, poupando as áreas normais.
Duas técnicas de radioterapia externa foram desenvolvidas nas últimas décadas. A primeira foi a radioterapia conformada que utiliza exame de tomografia computadorizada para delimitar e informar ao sistema de planejamento computadorizado a localização das estruturas anatômicas. A segunda foi a radioterapia de intensidade modulada, conhecida pela sigla inglesa IMRT (“Intensity Modulated Radiation Therapy”), desenvolvida a partir da radioterapia conformada e que, como o próprio nome indica, modula a intensidade da dose de radiação por onde o feixe atravessa. Como resultado, a distribuição de dose na próstata é mais concentrada do que na radioterapia conformada, causando menos efeitos colaterais ao paciente.
Dados da literatura científica mostram que a radioterapia possui os mesmos resultados curativos da cirurgia quando o tumor está confinado apenas na próstata. A decisão entre cirurgia ou radioterapia deve ser discutida com os médicos especialistas para que esses expliquem os objetivos, benefícios e efeitos colaterais de cada tratamento.
A radioterapia externa possui várias vantagens: tratamento não invasivo, indolor, não possui risco anestésico, pode ser oferecido para pacientes idosos, pacientes com saúde comprometida ou com outros fatores que os levam a não tolerar uma cirurgia. Ao contrário da cirurgia, incontinência urinária é raramente observada com radioterapia externa e a chance e disfunção erétil é bem menor. Em contrapartida, pode causar complicações retais tardias, como sangramento nas fezes e dificuldades para urinar. Com o advento das técnicas modernas, essas complicações diminuíram substancialmente.