Alex Chua e Ana Carolina Carvalho

Alex Chua e Ana Carolina Carvalho - Foto: Sérgio Mourão.

Prevenção à cegueira

Diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para evitar a progressão da doença, segundo os oftalmologistas Ana Carolina Carvalho e Alex Chua da Clínica AC Olhos.

 

Quatro em cada dez pessoas não sabem do que se trata o glaucoma, doença crônica que afeta o nervo óptico, responsável pela visão. O dado faz parte da pesquisa “Um olhar para o glaucoma no Brasil”, do Ibope Inteligência. Segundo o Dr. Alex Chua, médico oftalmologista formado pela USP de Ribeirão Preto e especialista em glaucoma, o diagnóstico e tratamento precoces fazem a diferença no combate à doença, principal causa de cegueira irreversível no mundo.

Especialista em glaucoma pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HC- FMRP-USP), Dra. Ana Carolina, explica que o nervo óptico consiste em um conjunto de fibras nervosas que levam as informações visuais do ambiente captadas pela retina para o cérebro. Com a elevação da pressão ocular, essas fibras entram em sofrimento, levando a um quadro de atrofia. Nesse cenário, o paciente vai perdendo a visão gradualmente.

Vários fatores podem influenciar no surgimento do glaucoma, com destaque para o aumento da pressão ocular. Segundo a oftalmologista, os dois principais tipos de glaucoma são o de ângulo aberto e o de ângulo fechado. “No caso do glaucoma primário de ângulo aberto, o tipo mais comum, a prevalência é maior em indivíduos acima de 50 anos, de etnia negra, com alta miopia e com parentesco de primeiro grau com pacientes portadores da doença. Já no glaucoma primário de ângulo fechado, a ocorrência é maior em pessoas de descendência
asiática, sexo feminino, acima de 50 anos e hipermétropes”, especifica.

Ana Carolina Carvalho e Alex Chua
Ana Carolina Carvalho e Alex Chua – Foto: Sérgio Mourão.

De acordo com Dr. Alex Chua, na maioria das vezes, o glaucoma surge como uma doença silenciosa, ou seja, os pacientes não apresentam sintomas ou se apresentam, são bastante escassos: “quando esse paciente chega à consulta, a doença já está em um estágio muito avançado”.

O oftalmologista ressalta que há casos até mesmo de crianças que já nascem com a doença: o glaucoma congênito. “Elas possuem uma malformação da estrutura interna do olho, o que resulta na elevação da pressão ocular. O glaucoma congênito pode também ser secundário a outras doenças oculares ou estar associado a malformações sistêmicas”, destaca.

Tratamento

O tratamento clínico é feito através da utilização de colírios hipotensores que, na maior parte das vezes, conseguem controlar a pressão ocular. Nos casos em que esse tratamento não é efetivo, pode-se partir para procedimentos à laser ou cirurgias. “O objetivo do tratamento do glaucoma é o controle da pressão ocular, para impedir a progressão da doença. O tratamento não visa recuperar a visão perdida e sim manter a visão que o paciente ainda tem. As perdas visuais anteriores ao tratamento são irreversíveis”, enfatiza a Dra. Ana Carolina.

Se o indivíduo já possui uma predisposição genética para a doença, não há como evitar o seu aparecimento, mas é possível realizar o seu controle. “Em geral, o ideal seria realizar uma consulta oftalmológica um vez por ano, onde serão realizados exames como o fundo de olho e a medida da pressão ocular. Através desses exames, o oftalmologista consegue diagnosticar a doença e iniciar seu tratamento o mais breve possível, para evitar perdas visuais futuras”, sublinha Dr. Alex Chua que atende na Clínica AC Olhos – centro médico especializado no diagnóstico e tratamento de doenças oculares, com ênfase em catarata e glaucoma.

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