A Amazônia talvez seja o bioma mais famoso do mundo, entretanto, nem todos os seus tesouros foram descobertos ainda. Um deles é o Parque Estadual Serra do Aracá (AM), localizado no Município de Barcelos(401  km de Manaus) na região de montanhas da Floresta Amazônica, na fronteira com a Venezuela.

Parque Estadual Serra do Aracá (AM). Foto: Gustavo Ganzaroli

A Serra do Aracá também faz parte do Planalto das Guianas, um escudo rochoso na fronteira sul da Venezuela e invade o extremo norte do Brasil. A Serra do Aracá é também um tepui, o único localizado abaixo da linha do Equador. Elevando-se a mais de 1.300 metros de altura, a serra surge como uma imensa mesa no meio da floresta amazônica.

Parque Estadual Serra do Aracá (AM). Foto: Gustavo Ganzaroli

São quase dois milhões de hectares que guardam a maior cachoeira em queda livre do Brasil, a El Dourado, com 353 metros de altura, e dezenas de espécies endêmicas. Um patrimônio pouco conhecido e, infelizmente, pouco cuidado.

Parque Estadual Serra do Aracá (AM). Foto: Gustavo Ganzaroli

Gestor do parque há um ano e meio, o ecólogo Gustavo Ganzaroli é o responsável pela linha de frente na tentativa de dar visibilidade à unidade e captar recursos para sua implementação. Há anos a unidade de conservação (UC) tenta resolver o impasse da sobreposição com a Terra Indígena Yanomami e com a Floresta Nacional do Amazonas.

“Mesmo que o tamanho do parque diminua, nós não perderemos área de proteção, porque essa área é protegida pela Terra Indígena. E resolvendo a redelimitação, poderíamos avançar na conclusão do Plano de Gestão, começar a regulamentar o turismo e desenvolver a infraestrutura básica”. Segundo o Gestor.

O entrave para conseguir alterar o perímetro da unidade é outro, a falta de recursos. O parque não recebe recursos da ARPA, como a maioria das unidades de conservação amazônicas, tampouco possui uma verba própria que permita financiar a consulta pública necessária para redefinir os limites do parque.

Como chegar

A partir da sede municipal de Barcelos. Por via fluvial, segue-se pelo rio Negro, adentrando-se um de seus afluentes na margem esquerda, o Rio Demini, e deste, o rio Aracá, e deste, o rio Jauari. Aproximadamente 2 dias de viagem em bote rápido.

Fonte: http://prefeituradebarcelos.com.br