A França é um bom parâmetro para tentarmos entender como tudo será em um futuro próximo. Os bares, cafés, restaurantes, museus e outras atrações de Paris estão funcionando, com limitação de pessoas, é claro. E, agora, para entrar em qualquer um desses locais, é preciso apresentar o passaporte sanitário (comprovante de vacinação, teste negativo ou documento que comprove a recuperação da doença).
“A fiscalização em relação às regras para evitar que a pandemia se expanda está bem rígida e já podemos visitar os centros, por exemplo, de conhecimento, arte e etc, sem se preocupar tanto com a Covid-19. E nos mostra que, em breve, poderemos viver essa retomada, com os cuidados necessários, de roda de negócios pelo mundo, congressos e voltar a fazer a economia girar”, comenta ela.
Preparo e fiscalização
E a capital francesa, de fato, precisa e tem ido além. Em apenas três anos, a cidade terá que estar pronta para sediar as Olimpíadas e, com isso, vem fazendo experimentos para lidar com a Covid-19 se ela ainda for um problema até lá. O avanço da vacinação e o bem sucedido uso do passaporte sanitário podem se tornar reflexos e parâmetros para o restante do mundo.
O setor de viagens corporativas ainda está se recuperando, mas o mundo da inovação não só continuou com força durante a pandemia, como se expandiu. Isso porque, segundo Natasha, o mundo demandou ainda mais dessas corporações que buscam soluções novas para um momento desafiador como a pandemia. Paris também tem feito isso e vem se adaptando e se reinventando para receber novamente negócios e turismo.
“Nós notamos também esses avanços em outros locais, como na Califórnia, mas aqui a vida parece ter chegado a um nível que eu conhecia antes, aquela cultura de sentarmos em um banco em uma das praças da cidade e vivenciar a alma parisiense. Isso tudo está quase de volta”, diz Caiado Castro.
E há boa notícia para os brasileiros: a França está aberta para brasileiros vacinados completamente com imunizantes aprovados pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA). São eles Pfizer, Moderna, AstraZeneca e a dose única da Janssen. O continente analisa ainda a aceitação da Sinovac, fabricante da Coronavac, já aprovada pela OMS.
O presidente francês, Emmanuel Macron, propôs essa medida, assim como a vacinação obrigatória contra a Covid-19 para os profissionais da saúde com o objetivo de acelerar a campanha de imunização. No sábado, o país alcançou a marca de 44 milhões de franceses com pelo menos uma dose (quase 66% da população). O uso do passaporte sanitário de outra pessoa pode ser punido com até 750 euros de multa (o equivalente a cerca de R$ 4,5 mil), informou o governo.
É uma França renovada que emerge, mas sem perder o seu charme e sua áurea que encantam turistas pelo mundo. “Você ainda pode sentir essa energia criativa, curtir, sentar-me naqueles bancos e sonhar acordado”, finaliza.
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