PAIXÃO PELA ADVOCACIA

A Advogada Gina Moraes de Almeida, que ama os dois papéis que empenha na sociedade: de ser mulher e advogada, pois ela ama sua carreira, apesar de ser um trabalho difícil, foi algo que atraiu sua atenção.

Gina diz que a escolha profissional é o reflexo da sua vida pessoal. Ela foi educada a combater o medo como premissa da caminhada. Seu pai a ensinou desde cedo, que medo é falta de fé. “Primeiramente, em nós mesmos, também no próximo e, sobretudo em Deus, que é a fonte de energia vital que nos reúne, fortalece e ilumina o caminho da harmonia e da Justiça”. Completa a advogada. 

De acordo com Gina, muitos brasileiros da sua geração sentem-se vivendo num país em construção, “o estado do Amazonas é tão rico em potencialidades e tão escasso em gestores desta imensa riqueza em favor de nossa gente. Ainda em construção a cidade de Manaus, é um lugar que merece melhores gestores”. Aponta ela.

Gina defende a construção da cidadania e dos direitos civis, ”Somos todos obreiros e não há como fugir. Temos que arregaçar as mangas, diante desse cenário em obras, para que assim possamos ser chamados de cidadãos” comenta ela. Esse cenário se baseia na dignidade universal da pessoa humana.

O lema da conduta profissional de Gina é pautado na citação de Ruy Barbosa  “Fora da Lei, não há salvação”, porque, desde cedo, ela verificou que se vive à margem da Lei. Basta ler o miolo ético do Preâmbulo da Constituição Brasileira, ali está descrita a tarefa da Assembleia Constituinte: “… instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos…”. Por isso, a advogada fala que as ilegalidades estão em todo canto e, sequer, o cidadão conhece seus direitos para bater à porta da Justiça e reivindicar o cumprimento de nossa Carta Magna.

Para ela, isso remete a outra questão essencial: a Educação deficiente oferecida aos jovens, em todas as etapas de seu desenvolvimento pessoal, profissional e cívico. O Brasil gasta seis por cento do PIB em Educação, o que é superior em relação ao PIB da média dos países em desenvolvimento. Mesmo assim, está entre os últimos países do mundo em qualidade de ensino, ou seja, gastamos mal e são assustadoras as taxas de desvios de finalidade das verbas para esse fim. Estamos no topo do ranking dos países mais corruptos.

Gina Moraes diz que sem a Educação, além de desconhecerem os direitos fundamentais, as pessoas alimentam-se mal e portanto, adoecem mais, consomem produtos de uma indústria cultural de péssima qualidade, que as torna alienadas em relação à própria identidade cultural. Sem Educação, elas escolhem seus representantes sob os mais estranhos critérios, priorizados em desacordo com suas expectativas e necessidades, sem assegurar, portanto, um ensino digno e denso de valores, hoje em desuso, como o respeito, a solidariedade, a honestidade e a fraternidade.

Hoje, Gina Moraes atua como sócia do escritório de Advocacia Moraes & Junqueira, que costuma chamar de trincheira cívica. Já atuando na advocacia há dez anos, com presença em várias áreas do Direito, com ênfase para o Direito Empresarial, Tributário e Cível. A advogada menciona que defender o direito das empresas significa atuar numa área em que o poder público, em lugar de ser parceiro de quem gera emprego e oportunidades, torna-se um verdadeiro carrasco da rotina empresarial. 

As empresas são obrigadas a trabalhar mais de cinco meses por ano para atenuar a compulsão tributária do poder público. A advogada Gina Moraes diz que a falta de recurso é o mais decepcionante. “Não temos a contrapartida decente em forma de serviços públicos. As escolas são desaparelhadas, os professores são mal remunerados, as instalações são precárias e os alunos saem delas sem perspectiva de encaminhamento profissional e realização pessoal”. Reclama ela.

Ainda faz uma ressalva, dizendo que “esse mesmo caos se revela na Segurança, na Mobilidade Urbana, no Déficit Habitacional, e por aí vai o desrespeito aos direitos dos brasileiros.” Diz indignada. 

Por fim, espera que o País experimente dias melhores. Então, mãos à obra.

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