O PODER DE INSPIRAR

Desde 1998, a magistrada Lídia de Abreu Carvalho mostra a força da participação feminina no Judiciário brasileiro a cada brinde”.

Dedicação, competência, empatia, honradez e espírito motivador marcam a trajetória da magistrada Lídia de Abreu Carvalho . Há 24 anos, ela se dedica a essa função tão nobre, sendo exemplo de empoderamento feminino no cenário da justiça.

Mestre em Direito Constitucional pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR) e pós-graduada em Direito Processual Civil pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e em Direito Penal e Processo Penal pela Faculdade CERS, a juíza – que ingressou na magistratura no ano de 1998 e já foi vice-presidente nacional da Associação Brasileira de Mulheres da Carreira Jurídica (ABMCJ) – comenta que a mulher levou para o Judiciário a inovação processual e a coragem de abordar temas que somente o gênero feminino poderia compreender.

De acordo com Lídia – que exerce, atualmente, o cargo de Juíza Titular da 4ª Vara Cível de Acidentes de Trabalho, bem como o de Membro da 3ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do Amazonas, de Juíza Auxiliar da Presidência do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) e de Ouvidora da Mulher, também no TRE-AM –, as mulheres são capazes de inúmeras contribuições para a sociedade, especialmente quando estão em pé de igualdade com a figura masculina.         

“É por isso que o foco do meu trabalho é construir uma sociedade livre, justa e igualitária. Um Estado livre do machismo é garantia de igualdade plena, em direitos e deveres, o que evidencia a mais plena forma de evolução”, pontua a magistrada, que foi condecorada, em 2018, pela Assembleia Legislativa do Estado (ALEAM) com a Medalha Ruy Araújo por conta do trabalho desempenhado à frente da 1ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes e, no mesmo ano, homenageada pela Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (Seai), da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM).

Lídia ressalta que é questão de justiça incluir as mulheres em todos os setores. “É justo pela dignidade da pessoa humana, pela não discriminação por sexo, orientação sexual, raça ou qualquer outra e, principalmente, porque a mulher carrega consigo tanta capacidade quanto os homens”, enfatiza.

Atuação inspiradora

Ser jurista requer conhecimento tanto da teoria do direito como de sua aplicação em todas as áreas da sociedade, isso Lídia tem de sobra. Sua atuação mostra como a presença feminina pode fazer a diferença no Judiciário.

Segundo ela – que tem como uma das suas principais influências a mãe, Lizete de Abreu Carvalho, que marcou a história empresarial amazonense quando o mercado ainda era totalmente dominado pela figura masculina –, ter mulheres na magistratura é um ato gigantesco, principalmente quando ocupam cargos na mais alta cúpula jurídica do país. “Em que pese estarem em número significativamente menor, é um motivo de orgulho tê-las dentro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF)”, sublinha.

Lídia também aproveita para aconselhar mulheres que queiram seguir uma carreira jurídica de sucesso. “Estudem. O estudo leva a gente além.  Ademais, não temam os obstáculos. Não é fácil, mas, se persistirem, vocês conseguirão”.

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