O momento em que o mundo parou!

Saiba quais os prejuízos psicológicos do isolamento social e como podemos minimizá-los 
 
Na virada do ano, o mundo anunciava uma ameaça, o vírus covid-19,  ameaça que parecia muito distante, como se isso nunca fosse nos atingir.
Em fevereiro, parecia mais perto e em março percebemos que a ameaça não era para países distantes e sim uma ameaça mundial e que também chegava aqui mudando nossas rotinas de trabalho e dinâmicas familiares.
Os trabalhos home office (adultos trabalhando em casa), home school (crianças e adolescentes estudando em casa), idosos isolados sem receberem visitas de netos e familiares e ouvindo que são o grupo de maior risco, todos privados de sua rotina.  
 
Todos obrigados a pararem o que estavam fazendo e com a missão de protegerem uns aos outros, no primeiro momento parecia que tudo seria resolvido logo e tudo voltaria ao normal, na primeira semana até parecia férias, uma pausa da vida produtiva e um momento para curtir a família.
 Porém alguns dias depois percebemos que as pessoas começaram a compartilhar de uma grande rede de medos.
Dos medos mais comuns, podemos destacar: medo de morrer, medo de perder pessoas, medo de perderem suas rendas, medo de perderem projetos em andamento, medo de quando tudo isso passar quem vai estar aqui e como vão estar.
 
Sabemos que em um ambiente onde o medo é intenso, os sintomas de ansiedade e humor deprimido são intensificados, e aí precisamos de algumas habilidades emocionais para tolerar o mal estar e não adoecermos psicologicamente.
 
Para as pessoas que já estavam fragilizadas emocionalmente o momento potencializa sintomas, mas  até quem não apresentava sintomas de ansiedade e humor deprimido começam a se desestabilizar emocionalmente, pois temos dois grandes fatores para o processo de desregulação emocional: O MEDO e a FALTA DE LIBERDADE.
O ser humano ao se sentir ameaçado ou privado entra em crise emocional e precisa de habilidades de tolerância ao mal estar e autoregulação  para melhorarem.
 
Nesse cenário precisamos adotar estratégias para uma rotina produtiva e positiva , mesmo com a privação social,  manter os horários de sono, dormir e acordar em horários da rotina normal, se envolver com os projetos de estudo e trabalho, com dedicação e certeza de que apesar da alteração da rotina, todos os seus projetos continuam e você precisa continuar se dedicando a eles.
 
Precisamos fazer aceitação radical do que não podemos mudar, parar de brigar com a realidade, não vai adiantar pensamentos negativos e questionamentos do que não está em nosso controle. Fazendo isso não aumentamos o desconforto e sofrimento. O que não podemos mudar, o que não depende de nós, precisamos aceitar e aguardar, focando no que podemos realizar e aprender.
 
Nas mudanças ocasionadas pelo momento presente, podemos destacar fatores de aprendizados muito importantes: para os adultos, aprender novas estratégias de aperfeiçoamento na vida profissional e novas habilidades na dinâmica familiar; para as crianças e adolescentes, aprenderem sobre como podemos nos apoiar em momentos desafiadores, e para os idosos que estão se sentindo cuidados por seus familiares, fica a certeza de quanto são importantes para a família. Enfim, todos se conectando com o que é positivo, pois quando tudo isso passar, e vai passar, estaremos mais resilientes, mais criativos e mais gratos por tudo que temos e as vezes não paramos para valorizar e agradecer.
 
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