Novidade em tecnologia e procedimento íntimo

Por Dra. Andrea Sousa

O Laser e a Radiofrequência íntima são novas tecnologias promissoras para uso em ginecologia e trazem resultados satisfatórios nas primeiras aplicações. Hoje vejo com otimismo a experiência com essas tecnologias na rotina ginecológica, aliado ao fato de ser um procedimento que não exige internação, permitindo o retorno imediato à rotina da mulher, o que facilita muito a sua adesão.

Esses procedimentos são realizados de forma ambulatorial e duram cerca de 30 mim a uma hora, o retorno as atividades sexuais em 3 a 10 dias. A radiofrequência e laser íntimo são utilizado amplamente nas queixas que afetam a vida sexual e social da mulher como: Atrofia, Flacidez e Alargamento do canal vaginal; Manchas, Hipercromia, Flacidez dos Grandes Lábios Vaginais; Prolapsos de útero, bexiga e outros; Incontinência Urinária de Esforço.

O tratamento com a radiofrequência e laser íntimo podem ser aplicados em áreas sensíveis como vagina e períneo. Temos tidos resultados que constam no tratamento de pacientes com histórico de síndrome de relaxamento vaginal e para o tratamento de clareamento íntimo. O relaxamento vaginal é uma consequência do alargamento da estrutura muscular da vagina que é geralmente provocado pelo o envelhecimento natural do corpo e alongamento excessivo durante os partos.

Os procedimentos utilizados promovem ondas de calor moderado afetando termicamente as fibras do tecido vaginal. Estas ondas de calor de forma controlada promovem o estreitamento da vagina e estimulam a renovação de produção de colágeno fazendo a renovação do tecido da mucosa vaginal e da região de entrada da vaginal. O resultado é a remodelação dos tecidos da vagina provocando um aperto no canal vaginal.

Feito isso, a geração de calor do laser é intensificada e as fibras passam a ser “queimadas” fazendo com que o próprio corpo tente recuperar esse tecido, estimulado a formação de um novo colágeno (olagenogenese).

A radiofrequência e laser íntimo promovem o encolhimento e o aperto do tecido que recobre a mucosa endopélvica e da vagina, cujo tecido é muito rico em colágeno. Esse processo provoca uma remodelação das fibras de colágeno dessa mucosa que dando melhor sustentação à bexiga, traz maior apoio e controle da incontinência. O processo de fabricação de novo colágeno acontece continuamente e por isso os resultados são duradouros. Estão contraindicados para mulheres grávidas, que tenham doenças sexualmente transmissíveis ou que apresentem mudanças de citologia no último Papanicolau, inflamações da vulva ou doenças relacionadas à coagulação sanguínea.

Na atrofia vaginal que na maioria dos casos, é decorrente da queda hormonal estrogênica passados os anos da menopausa, pode-se encontrá-la em alguns casos de tratamentos radioterápicos ou uso de alguns medicamentos. Vale ressaltar que ambos procedimentos oferecem bons resultados e significam um retardo no relógio biológico da mulher em torno de 15 a 20 anos.

São reavaliados os parâmetros do tratamento a cada nova aplicação. Na maioria dos casos, resolve-se o quadro com duas sessões com intervalos de 45 dias entre elas. As atrofias acentuadas ou paredes vaginais que sofreram atrofia por mais anos seguidos podem necessitar da terceira aplicação. A resposta clínica favorável pode durar um ano ou até mais, se a paciente tem vida sexual ativa. Com o ressurgimento de sintomas será indicado novo tratamento.

Entre todas as vantagens já citadas, o remodelamento do canal vaginal proporciona uma redução do seu diâmetro, permitindo ao casal usufruir de um maior contato pénis/vagina, levando o casal a uma resposta orgástica de melhor qualidade para ambos. A maiorias das mulheres que realizaram estes procedimentos sentem um aumento da percepção vaginal e do orgasmo vaginal pelo melhor contato com o Ponto G, que se situa na parede anterior da vagina, e pelo maior contato do pênis com toda a cavidade vaginal, proporcionando melhor satisfação ao casal e principalmente da mulher que refere sentir a vagina mais justa, com menor perda de ar (atus vaginal), e melhor resposta sexual.

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Clínica Dra. Andrea Sousa

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