É justo dizer que nem mesmo a Netflix esperava que “Lupin” seria um sucesso tão grande. No ar na plataforma de streaming desde o último dia 8, a série francesa com apenas cinco capítulos baseada nas aventuras de Arsène Lupin, um personagem criado em 1905 pelo escritor Maurice Leblanc, foi tão bem recepcionada pelo público e pela crítica que sua segunda temporada ainda não foi nem oficialmente confirmada mas já é tratada como certa.
Tanto que um dos co-criadores da atração, George Kay, disse em entrevista para a “Vanity Fair” que pensa em mergulhar mais no passado de Lupin (interpretado com maestria por Omar Sy, desde já um astro em ascensão) a fim de que sua história de vida faça mais sentido daqui pra frente.
Ladrão profissional, Lupin não é vilão mas também não é mocinho. E seus crimes sempre são cometidos contra pessoas que, pra dizer o mínimo, merecem passar por esses perrengues. Uma espécie de Robin Hood moderno, em sua nova versão na telinha tudo que ele quer é se vingar pela morte do pai.
Os fãs de produções sobre roubos bem planejados estão adorando, e material para continuar criando cenas protagonizadas por Sy certamente não vai faltar: Leblanc escreveu mais de 17 livros e 39 contos sobre Lupin, que desde 1908 também já rendeu mais de vinte adaptações cinematográficas, mas nenhuma delas causou tanto barulho quanto a mais recente, para a telinha, orquestrada pela Netflix.