EDIÇÃO EMERGENCIAL DA WEBSÉRIE PRETAS, QUER CONTAR HISTÓRIA DE MULHERES PRETAS NA PANDEMIA
Professora emérita da UFPA, Zélia Amador de Deus vai estrelar, pela primeira vez, como atriz em uma obra de audiovisual
Estão abertas as inscrições para seleção de atrizes para nova temporada da WEBSÉRIE PRETAS. A nova edição será coordenada pela professora emérita da Universidade Federal do Pará, por meio da aprovação do Edital Prêmio Proex de Arte e Cultura/2019. Zélia é Coordenadora Geral e vai estrelar a produção em sua primeira obra audiovisual como atriz. Ela fala da importância de abordar essa temática na atualidade “É um espaço necessário, para que a sociedade volte seus olhos para a mulher negra, que está na base da pirâmide, ela que é o segmento mais esmagado da sociedade, e quando essa mulher se ergue, ela é capaz de mexer com toda pirâmide”, diz a ativista.
A produção da obra será realizada pela Negritar Filmes e Produções, da jovem cineasta Joyce Cursino(@joycecursino), que participou como atriz e roteirista da primeira temporada realizada pela Invisível Filmes, além de produzir circuito de exibições em escolas públicas, agora ela assume a direção geral da obra que intitula de Edição Emergencial. “Estamos vivendo uma das maiores crises de saúde mundial e mais uma vez há uma tentativa de apagamento das nossas denúncias, das nossas histórias e do nosso protagonismo enquanto mulheres negras da Amazônia. Essa série é sobre isso”, diz a cineasta. Ela afirma que o cinema é um espaço de poder e conhecimento que precisa ser pensado e construído por pessoas negras e por isso escalou uma equipe 100% de mulheres negras.
A Negritar é a mais nova produtora, que vem para fortalecer os diversos trabalhos de artistas negros e amazônidas. Trabalhando com comunicação, produção digital e audiovisual, a negritar que revelar, potencializar e construir novas narrativas, nasceu em novembro de 2019 junto com a realização de dois grandes festivais negros. Um deles é o Telas em Movimento – 1º Festival de Cinema das Periferia.
CONHEÇA A EQUIPE
Aline Corrêa, Audiodescritora – Graduada em Letras Língua Portuguesa pela UEPA, diretora de inclusão e acessibilidade cultural na empresa Imagem Acústica Audiodescrição. Começou a atuar em prol das pessoas com deficiência em 2000 como ledora voluntária na Seção Braille da Fundação Cultural do Pará, foi assessora política da Associação dos Deficientes Físicos do Estado do Pará ( ADFPA), trabalhou como assessora parlamentar na Assembleia Legislativa do Pará, foi membro do Fórum Estadual de Educação do Pará e como audiodescritora teve a oportunidade de conduzir a tocha paralímpica das Olimpíadas Rio 2016, realizou trabalhos de audiodescrição na fotografia, teatro, cinema, televisão e conferências como a Feira do Empreendedor do Sebrae em 2018 e a transmissão ao vivo da procissão do Círio de Nazaré pela TV Liberal em 2017 e 2018.
Elis Tarcila, Produtora executiva – Socióloga, produtora cultural, está inserida em projetos como política cultural do jardim na UFPA, rede mulheres negras, projeto cria preta do guamá, nação angola, um terreiro de candomblé que também é um instituto de cultura.
Gabriela Monteiro, Design – Comunicadora multimídia, designer, ilustradora. Co-fundadora do Projeto PRETINTA, que dá aulas de iniciação artística para crianças em regiões periféricas. Faz parte do coletivo de ilustradores negros IlustrapreticePA. Tem sua área de estudo voltada para arte e ancestralidade, explorando materiais orgânicos e negritude.
Isadora Lourenço, Diretora de elenco – Atriz. Professora de Teatro. Fundadora da escola de teatro Bardo e idealizadora do projeto Trupe Palhaços Curativos, graduada em Lic em teatro pela Universidade Federal do Pará.
Luana Peixe, Editora de imagem – Artista e arte-educadora, licenciada em Artes Visuais na Universidade Federal do Pará. Dedica-se a produção de vídeo, desenho, ilustração, fotografia e intervenção urbana. Desenvolve pesquisas relacionadas às relações étnico-raciais, arte afrodescendente, Amazônia e política. Faz parte do projeto Cine Diáspora e organiza o Festival de Cinema Negro Zélia Amador de Deus.
Lorena Saavedra, Produtora executiva – Especialista em economia criativa. Já foi assessora técnica na Secretaria de Cultura da Bahia e foi diretora de Economia Criativa da Secretaria de Estado de Cultura Pará. Realizou diversos projetos, entre eles Boulevarte; Ver a Bóia; I Encontro Amazônico de Economia Criativa; Verão Mosqueiro da Economia Criativa; Parque Criativo (SECULT). Idealizadora do projeto “Mulheres do Futuro Pará”, com foco na divulgação e expansão de ideias e projetos de mulheres do Estado do Pará.
Mayara Coelho, Roteirista – Publicitária, fez parte da produção executiva da primeira temporada da série, foi a representante do PRETAS na roda de negócios da SPWF.
Natália Cruz, Coordenadora de Comunicação- Escritora, produtora cultural, graduanda de de design gráfico e arquitetura. Idealizadora do Desmaravilhada produções, que visa guiar os pequenos fazedores em suas empreitadas e do podcast Jumento Voador Purporizado, de pauta aberta para discussões e reverberação da cultura, vivência e jeito de ser do nortista e nordestino.
Suane Melo, Diretora de fotografia- Editora audiovisual, educadora popular, formada em administração. Fez parte e esteve à frente dos projetos: VIVA marajó-2012/2014, Fotografia projeto: Bebê prefeito (unicef) em tabatinga-AM 2014, still- Série DIZ AÌ ( canal futura)- 2016, filmmaker da PAPÃOTV- 2015-2018, e desde 2018 na Comunicação Movimento de Emaús.
Tamara Mesquita, Produtora executiva – Jornalista, produtora audiovisual e educadora popular. Idealizadora do ÊÊ, MANA e pós-graduanda em produção audiovisual e produtora da negritar filmes.
A Design, Gabriela Monteiro, comenta sobre: “São mulheres negras, ouvindo mulheres negras, falando sobre mulheres negras, pra um público de mulheres negras. É tipo tudo em casa. …é tipo um espaço de respiro.”
A websérie contará com 5 episódios, contando a história de uma mulher por episódio e será gravada de forma inovadora e virtual, que atenda os protocolos de segurança da OMS. Para participar basta se inscrever no formulário, ter no mínimo 18 anos, se identificar como mulher negra, não precisa ter experiência em frente às câmeras, a seleção vai ocorrer por vídeo chamada com a diretora de elenco, de no máximo 3 minutos com uma cena pré-determinada.
A primeira temporada se encontra no Youtube em domínio público, que em nove episódios narra vivências de mulheres negras em diferentes contextos e aborda temas como: desigualdades socioeconômicas, racismo religioso, lesbianidades, subjetividade da mulher negra, abuso de drogas, luta da mulher negra pela sobrevivência, machismo, violência contra a mulher, busca por identidade, gordofobia, relacionamento abusivo, dentre outros. A produção vem sendo utilizada como ferramenta de diálogo sobre estes temas e empoderamento feminino principalmente entre mulheres negras de várias gerações em espaços como escolas, hospitais, centros comunitários, bibliotecas, universidades e terreiros.
Em 2016, o episódio piloto venceu o Festival Osga de Vídeos Universitários, nas categorias Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Atriz, Melhor Produção, Melhor Figurino e Melhor Edição. Em 2017, venceu o Festival da Freguesia do Ó, em São Paulo, na categoria Melhor Episódio Piloto. Também foi selecionada para o 39º Festival du Court métrage de Clermont-Ferrand, na França, um dos maiores festivais de cinema do mundo.
Em 2018, a produção foi premiada como a Melhor Série de Diversidade no Rio Web Fest 2018, importante festival internacional de webséries.
INSCRIÇÕES
As inscrições iniciaram no último dia 19 (sexta-feira e dia do cinema) e ficarão em aberto por uma semana e meia, encerrando no dia 1 de julho (quarta-feira). Para realizar a inscrição, clique AQUI e acesse o formulário. Confira a chamada:
ONDE ENCONTRAR
Instagram: @pretaswebserie
Youtube: Pretas Web Série
(Com informações da assessoria)