Cartaz do filme Primavera

Cartaz do filme Primavera - Foto: divulgação.

Filme premiado “Primavera”, com Ana Paula Arósio, Marília Gabriela e Ruth de Souza, estreia nos cinemas dia 17 de fevereiro

Com participação de Werner Schunneman e narração de Caco Ciocler, longa do diretor e roteirista Carlos Porto de Andrade Jr. já ganhou diversos prêmios internacionais e nacionais, incluindo Melhor Atriz para Marília Gabriela, Melhor Filme e Melhor Roteiro no Festival Brasil de Cinema Internacional; a distribuição é da O2 Play.

 

Com grande repercussão nos festivais nacionais e internacionais (veja lista abaixo), “Primavera”, distribuído pela O2 Play, chega aos cinemas no próximo dia 17 de fevereiro. Protagonizado por Ana Paula Arósio (trabalho ainda inédito da atriz), Marília Gabriela (ganhadora do prêmio de Melhor Atriz no Festival Brasil de Cinema Internacional ao interpretar uma estátua que ganha vida) e pela grande atriz do cinema negro, Ruth de Souza, falecida em julho de 2019, o filme conta também com participação de Wernner Schunneman, Carlos Casagrande e Ruth Escobar (em sua derradeira atuação). A narração é de Caco Ciocler. O longa apresenta a história de uma família através de memórias que são transmitidas para o filho, momentos antes da morte do pai. A narrativa se inicia com o primeiro ancestral, um inglês que viveu no final do século XVIII, e segue até seus herdeiros brasileiros. Veja o trailer aqui.

Roteirizado e dirigido por Carlos Porto de Andrade Jr., “Primavera” é um projeto pessoal do diretor que optou em construí-lo como um mosaico cinematográfico onde as imagens filmadas se mesclam a imagens de diversos arquivos que vão desde cenas guardadas no Museu do Índio até o Acervo Humberto Mauro. “É um privilégio trabalhar com este meu elenco de ‘Primavera’. São pessoas absolutamente generosas com quem passei alguns dos melhores dias da minha vida. Ruth de Souza, Ana Paula Arósio e Ruth Escobar são mais que atrizes, são poemas de Cecília Meireles que inspiram qualquer diretor. São únicas e deslizam como poucas no Olimpo das atrizes nacionais. Tudo nelas é fácil, sereno e perfeito. Eu as amo. Carlos Casagrande, um ator absolutamente dedicado como poucas vezes já trabalhei e que saltou no escuro e fez um tour de force levando a sensibilidade extrema e a técnica lado a lado”, conta o diretor.

20 anos de produção

Produzido pela Notábile Filmes, a obra experimental foi feita ao longo de 20 anos por meio de Leis de Incentivo (Audiovisual e Proac-ICMS), co-produções e recursos próprios. “Seria simples dizer que a demora foi apenas por uma questão financeira, já que quando filmamos, não tínhamos a verba integral da etapa de finalização, mas a verdade é que “Primavera” é artesanal, tem, literalmente, milhares de imagens de arquivo. É isso que dá a linguagem do filme e cada uma dessas imagens teve que ter uma negociação, uma autorização e, depois, tudo precisa ser editado, é um trabalho insano”, diz Ricardo Homuth, produtor de “Primavera”.

Com montagem de Emerson Brandt (“O Grilo Feliz” de 2001) e trilha sonora original de Eduardo Queiroz (“Bellini e a Esfinge” de 2001, “Bellini e o Demônio” de 2008, “Cabeça a Prêmio” de 2009), o longa ainda conta com a interpretação da cantora portuguesa Eugênia Melo e Castro na canção de encerramento.

“Nossa equipe técnica é sensacional. A belíssima fotografia do mestre Rinaldo Martinutti, a cenografia inteligente e competente de Aby Cohen, a música primorosa de Eduardo Queiroz que tanto compreende minha alma. Devo também agradecer minha diretora assistente Helena da Cunha Bueno com seu olhar instigante e sugestões sempre bem vindas. Meu produtor executivo, meu irmão, Ricardo Homuth por nunca duvidar do impossível, e o talentosíssimo editor Emerson Brandt”, celebra o diretor do longa-metragem.

Sinopse

Momentos antes de sua morte, um pai revela ao filho as memórias da família a qual pertencem. Tudo o que resta são evidências fragmentadas, fotos destruídas e eventos contraditórios, descritos em um livro perdido no tempo. A narrativa se desenvolve em uma atmosfera de sonho que nos conduz pela saga de uma família incomum, que sobrepõe a lenda aos fatos.

O ponto de partida é o primeiro ancestral, um inglês de reputação duvidosa, que chega ao Brasil no final do século XVIII e se casa com uma senhora portuguesa, dona de um extenso pedaço de terra. Seus herdeiros se tornarão os protagonistas dessa história de conflitos, amores e mistérios.

No amor, os segredos guardados levarão à morte. Mas para esses personagens, estar na memória é continuar vivendo.

Compartilhe

Artigos Relacionados

Segundo Encontro de Bartenders do Norte