Minha filha tem a perna torta e meu filho tem pé chato. E agora?

Tudo bem leitores da EM VISÃO?
A revista digital mais famosa da Amazônia!!! Eu sou o Dr. Guilherme Franco, natural de Pouso Alegre (Minas Gerais, graduado em Medicina na Universidade do Vale do Sapucaí (Pouso Alegre – MG) com Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia na Universidade São Francisco (Bragança Paulista – SP) e Especialização em Ortopedia Pediátrica e Reconstrução Óssea no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (São Paulo – SP).Membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica e Membro Titular da Associação Brasileira de Reconstrução e Alongamento Ósseo. E hoje estamos aqui estreando a nossa super coluna com este assunto que gera muitas curiosidades aos paizinhos que é no desenvolvimento dos membros de nossas crianças. Confiram:

Das inúmeras patologias que tem na Ortopedia Pediátrica, um dos temas mais abordados no consultório é sobre o pé chato (ou pé plano) e o desenvolvimento angular dos membros inferiores.

Primeiro, temos que entender que a criança não é um adulto em miniatura, e que ela passa por alguns estágios de desenvolvimento angular e rotacional dos membros. No caso do desenvolvimento angular dos membros inferiores, a criança apresenta geno varo (conhecido como “perna arqueada”) até os dois anos de idade, e com o tempo vai alterando a sua forma até chegar aos seis e sete anos de idade assumindo o padrão definido como geno valgo (quando os joelhos ficam mais próximos um do outro). Deve-se lembrar que entre os dois anos e meio até os quatro anos de idade o geno valgo atinge o seu pico máximo.

E o pé chato? Pois bem, o arco plantar começa a se formado perto dos dois anos de idade e se desenvolve até os seis a oito anos de idade. E quando nós devemos se preocupar com pé chato? Quando a criança apresentar: dor, deformidade progressiva e ao perder a flexibilidade do pé. Nesses casos, o tratamento na maioria das vezes se faz de forma conservadora, como o uso de palmilhas ortopédicas e fisioterapia. Porém, no caso de pé plano rígido devemos prestar atenção em algumas patologias, entre elas a coalizão tarsal, que frequentemente é tratada de forma cirúrgica.

Sempre que estiver em dúvida consulte um especialista para uma avaliação. E espero que eu tenha ajudado a elucidar de alguma forma as dúvidas sobre esses dois temas. Até a próxima queridos internautas visitantes da EM VISÃO!!!

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Alex Chua e Ana Carolina Carvalho