Por Dra. Isy Peixoto.

 

O mês de maio é o mês internacional de combate ao melanoma, o câncer de pele mais temido. O melanoma é originado de células chamadas de melanócitos, aquelas que tem a capacidade de produzir pigmento e dar cor à nossa pele. O melanoma na maioria das vezes surge na pele como uma lesão de cor castanha ou preta, porém pode ser rosado ou pouco pigmentado.

A exposição solar desprotegida é o principal fator de risco externo que contribui para o surgimento deste tipo de câncer, porém fatores genéticos não devem ser esquecidos! Pacientes com histórico familiar de câncer de pele e alguns outros tipos de câncer, múltiplas pintas e pintas chamadas atípicas, além de pacientes brancos e olhos claros, devem ter atenção redobrada quanto ao surgimento de novas lesões.

Além da fotoproteção adequada, que deve ser iniciada desde a infância, o acompanhamento regular com o médico Dermatologista também é uma forma de prevenção favorecendo o diagnóstico mais precoce de lesões malignas e por conseguinte, maiores chances de cura. Além da visita anual ao especialista, o autoexame de pele se faz ainda muito importante: realizado uma vez por mês, o paciente é capaz de perceber lesões novas ou lesões que mudaram de aspecto.

Para pacientes de alto risco para o melanoma, que são aqueles com história pessoal ou familiar de câncer de pele, múltiplos nevos e/ou nevos atípicos, pacientes de pele clara e olhos claros, ou síndromes genéticas que favorecem o surgimento de tumores, está indicado o mapeamento corporal total ou mapeamento das pintas. O seguimento deste paciente permite o diagnóstico ainda mais precoce de lesões malignas.

E como reconhecer uma lesão suspeita? Bom, para os pacientes explicamos a regra do ABCDE, em que o “A” se refere à assimetria da lesão, o “B” a bordas irregulares, o “C”: três ou mais cores, o “D” ao diâmetro maior que 5 mm e o “E” se refere à evolução ou mudança de aspecto. Essa regra auxilia o paciente a suspeitar de lesões que possam ser malignas, devendo então procurar o médico Dermatologista para avaliação e biópsia.

Fontes:

Estimativa 2020: Incidência de câncer no Brasil / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. – Rio de Janeiro: INCA, 2019.

Grupo Brasileiro de Melanoma. Cartilha sobre Melanoma. 2019.

Vasques F, Costa B, Sá S De, Amante H. Mapeamento corporal total no seguimento de lesões melanocíticas: recomendações da Sociedade Brasileira de Dermatologia. An Bras Dermatol. 2021;96(4):472–6.