Distribuído pela O2 Play, longa-metragem de estreia do diretor e roteirista Gabriel Alvim se inspira na estética do movimento americano Mumblecore para contar a história do personagem em cenas cotidianas.

 

Distribuído pela O2 Play e produção da Oceânia Filmes, Filmes da Lata e KT Kino, o primeiro longa-metragem do roteirista e diretor Gabriel Alvim, “Velha Roupa Colorida”, estreia dia 24 de fevereiro nas principais plataformas de streamings do País. Com foco nas relações humanas e na ambivalência dos sentimentos dos personagens, o filme conta a história de um homem de 30 anos que retorna ao Brasil após uma temporada no exterior. O jovem rapaz pretende retomar ao seu antigo trabalho e reavivar as amizades, porém, encontra todos vivendo à sombra de suas próprias angústias: Jucá vive a vida que o pai planejou para ele; Digão sofre de depressão e foi excluído do grupo; Caco finge ser um pai de família enquanto abusa de drogas e trai a esposa; Raul banca o idealista, mas não consegue abandonar velhos hábitos machistas. Apenas Carol conseguiu evoluir e segue atrás dos seus sonhos.

Inspirado no movimento de cinema independente norte americano “Mumblecore”, o filme apresenta cenas da vida cotidiana e, conforme bem apontado pelo ilustre crítico de cinema Celso Sabadin, há um forte ar de veracidade em “Velha Roupa Colorida”. A temática atualíssima e a direção leve de um assunto pesado conferem ao filme genuinidade e uma rara fluidez narrativa.

Cena do filme “Velha Roupa Colorida”
Cena do filme “Velha Roupa Colorida” – Foto: divulgação.

No elenco estão atores conhecidos da televisão como Louise D’Tuani, Adriano Toloza e Kauê Telloli, e artistas que transitam pelo teatro e cinema como Fabio Penna, Pedro Lopes, Carol Melgaço, Fernanda Stefanski, Andradina Azevedo, Dida Andrade e Marcelo Lazzaratto. A produção conta ainda com as participações especiais de performances de Sue Nhamandu e Marco Biglia.

A trilha sonora é composta por jovens bandas brasileiras de rock (Agoristas, Rios Voadores, Fernando Freitas, Sara Não Tem Nome, Carne Doce e Caio Falcão e o Bando), que atuam como um coro grego, comentando as passagens da trama para o espectador. “Para quem gosta do frescor de um cinema jovem, é um prato cheio”, afirma Alvim.

Gabriel Alvim já escreveu e dirigiu três curtas-metragens premiados com carreira internacional e licenciados para a televisão. Fez uma residência artística da Academia de Artes Dramáticas de Estocolmo (UNIARTS), onde escreveu e filmou uma coprodução Brasil-Suécia.

No momento, trabalha na finalização do seu segundo longa, chamado “Solidão, Que Nada”, vencedor do edital de finalização baixo orçamento da SpCine, e no desenvolvimento de uma série de drama rural chamada “Se For Comprar um Cavalo, Vá a Cavalo”, vencedora do prêmio de qualidade Antônio Bivar em 2020 e premiada no FAM/ECM 2021 e selecionada para o SANFIC, em Santiago do Chile .

Sinopse

Depois de uma estadia frustrada no exterior, um homem de 30 anos resolve voltar ao Brasil para retomar seu antigo trabalho e reavivar as amizades. O problema é que o tempo não parou e o passado é uma roupa que não lhe cabe mais.