Em tempos de vilanização da mídia nos quatro cantos do mundo, a rainha Elizabeth II enviou na última sexta-feira uma necessária mensagem de suporte para a News Media Association (NMA), entidade que reúne os principais órgãos de imprensa do Reino Unido. Em carta aberta aos seus diretores, a monarca citou a grande importância de se manter bem informado através de fontes seguras e confiáveis durante crises como a do novo coronavírus, e classificou como “inestimáveis” os esforços feitos por jornalistas de todos os meios para que os principais temas da atualidade sejam noticiados ao grande público da maneira correta.
“A pandemia de Covid-19 nos fez lembrar mais uma vez da relevância do serviço público que é o bom jornalismo”, escreveu a chefe da Casa Real de Windsor. “Com nosso mundo mudando dramaticamente, ter boas fontes de informação em um momento no qual tantas tentam conquistar nossa atenção é vital”, completou Sua Majestade que, nunca custa lembrar, viveu os anos de chumbo da Segunda Guerra Mundial.
Apesar de se tratar de uma mera formalidade, muita gente entendeu o afago de Elizabeth II na NMA como uma “indireta” para o príncipe Harry, o neto dela que mais dá trabalho atualmente. Coincidência ou não, a mulher dele, Meghan Markle, perdeu na mesma sexta uma batalha judicial que mantinha há tempos contra o “Mail On Sunday” por este ter publicado um texto “privado e confidencial” que ela enviou ao seu pai na véspera de sua troca de alianças com Harry, em maio de 2018.
Nesse caso, os juízes da Suprema Corte de Londres responsáveis pela análise do imbróglio consideraram improcedentes as manifestações de Markle, que pedia a punição dos responsáveis pelo vazamento do tal texto, alegando que a duquesa de Sussex não pode exigir isso ao mesmo tempo em que exibe de livre e espontânea vontade parte de sua intimidade e inclusive será vista em breve em um reality show da Netflix.