Se a medicina já é uma ciência extremamente fascinante, imagine quem estuda o mecanismo que controla todas as ações de nosso corpo? Tantas sinapses são feitas diariamente para falarmos, andarmos, comermos etc. O nosso cérebro é a máquina mais complexa do mundo, não existe computador e tecnologia que controle os mistérios dessa imensidão inteligente.
Há muito tempo atrás surgiu um grande mito que só utilizávamos 10% do desempenho de nossa mente, apesar de não ser verdade, nosso cérebro constitui 1/40 da massa total de um ser humano, em média, mas consome 1/5 das calorias que ingerimos. Muitas pessoas têm curiosidades relacionadas ao cérebro, perda de memória ou até mesmo saber como desenvolvê-lo. Você também tem essa curiosidade? Confira agora a entrevista com quem entende do assunto, Dr. Ronald Mello (CRM: 3581], especialista em neurologia, com residência médica pelo Hospital Evangélico de Curitiba-HUEC há 11 anos. Sua experiência na área lhe renderam títulos como Membro da Academia Brasileira de Neurologia.
Qual é o papel de um médico neurologista?
Tratar dos distúrbios estruturais do sistema nervoso. Especificamente, ele lida com o diagnóstico e tratamento de todas as categorias de doenças que envolvem o sistemas nervoso central, periférico e autônomo, incluindo os seus revestimentos, vasos sanguíneos, e todos os tecidos efetores, como os músculos.
O neurologista, médico que se especializou em neurologia, é treinado para investigar, diagnosticar e tratar disturbios neurológicos. Neurologistas também podem estar envolvidos na pesquisa clínica, ensaios clínicos, bem como em pesquisa de ciências básicas da medicina.
Quais os grandes males da mente nos dias modernos?
Doença de Alzheimer, de Parkinson, cefaléias e acidentes vasculares.
É comum vermos queixas de perda de memória entre idosos. Por que isso acontece após determinada idade?
Assim como a população mundial, nós brasileiros estamos envelhecendo. O impacto disso é que estaremos cada vez mais diante da difícil situação entre “perda de memória” relacionada ao processo normal de envelhecimento e “perda de memória” associada a doenças neurológicas degenerativas como, por exemplo, a doença de Alzheimer, a principal doença neurodegenerativa em nosso meio e que afeta significativamente não só o paciente, mas toda a família, tanto do ponto de vista social quanto psicológico e econômico.
De fato, a idade é considerada o fator de risco predominante não modificável para o desenvolvimento da doença, assim sendo, é fundamental que o neurologista saiba distinguir prontamente a perda de memoria, embora ainda não exista um tratamento definitivo, a qualidade de vida e as atividades diárias melhoram significativamente quando se faz o diagnóstico precoce e o paciente recebe o devido tratamento. Por isso é importante um diagnóstico precoce e um tratamento adequado para um melhor resultado.
Às vezes esquecemos coisas simples que acabamos de fazer ou que sempre estão em nossa cabeça por qual motivo?
Na grande maioria das vezes esses esquecimentos estão relacionados ao stress e a ansiedade, especialmente em pacientes jovens e sem outras queixas relacionadas a área cognitiva, pode ser algo que esteja nos preocupando ou algo que esteja tirando nossa atenção das demais tarefas que precisamos realizar, isso é algo muito comum no cotidiano das pessoas.
É verdade que dormir após o almoço pode melhorar o desempenho do cérebro no que diz respeito ao aprendizado e à memória?
Para algumas pessoas um pequeno cochilo (não mais que 20 minutos) pode melhorar a disposição e a atenção, mas isso é algo muito particular de cada pessoas. É certo que dormir bem a noite melhora a memória pois a mesma se fixa durante o sono reparador.
É verdade que o jogo Sudoku é um ótimo método para exercitar o cérebro?
Sudoku é sim um dos muitos bons jogos que pode exercitar o cérebro e a memória. Há muitas maneiras de exercitar a memória:
• Novos aprendizados: qualquer esporte, aprender uma nova língua, cozinhar, dançar. O cérebro quer aprender rejuvenesce.
• Exercícios de atenção: prestar atenção quando entra nos lugares, no que come, nos cheiros que encontra, nas músicas que escuta, no que vê. Relembrar seu dia, esforçando-se para lembrar os detalhes. Relembrar dias prazerosos: Onde eu estava no último ano novo? Com quem? Com que roupa?
• Relaxamento: as pessoas tensas não prestam atenção.
• Tentar associar fatos e imagens, visualizando-os.
• Comer frutas e verduras, alimentos ricos em vitaminas do complexo B, vitais ao cérebro.
• Tomar muita água. Um cérebro desidratado aprende menos.
• Dormir bem. As memórias são consolidadas durante o sono
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