As doenças cardiovasculares representam ainda uma constante preocupação no meio médico. A cardiologia usa todas as armas para enfrentar esta que é a maior de todas as endemias do século XXI. O difícil acesso aos serviços de saúde e a falta de informação estão dentre os fatores que mantém este índice elevado, principalmente em nossa cidade.
O infarto é a maior causa de morte no Brasil com cerca de 100.000 mortes por ano. As estimativas da Organização Mundial de Saúde são de que em 2030 mais de 23 milhões de pessoas sejam vítimas fatais no mundo de doenças do coração. Recentes pesquisas têm demonstrado que os fatores de risco relacionados a este diagnóstico ainda tem elevada prevalência, como hipertensão, obesidade, dislipidemia, tabagismo, sedentarismo e diabetes.
A cardiologia no Amazonas vem ocupando um lugar de destaque. O Dr. Habacuc Val, afirma que hoje o atendimento aos pacientes evoluiu muito e temos centros de excelência. “Coordenamos o serviço de cardiologia do Hospital Adventista de Manaus, onde buscamos o melhor atendimento desde a chegada do paciente na emergência, passando pela avaliação por métodos diagnósticos sofisticados, até o procedimento final, seja ele um cateterismo ou uma cirúrgia cardíaca, tudo isto aliado a um atendimento humanizado”. Tudo isso para o controle de futuras complicações, o infarto agudo do miocárdio, por exemplo, é uma doença de repercussões terríveis, caso o atendimento não seja feito com presteza e dedicação.
Em Manaus, as mais recentes pesquisas apontam para um índice de sobrepeso em 53% dos habitantes e de 19% de obesos. Isto nos coloca em quarto lugar das capitais brasileiras, no ítem sobrepeso e em terceiro lugar no quesito obesidade. Observamos que as pessoas quando se dirigem a academia o fazem, na maioria das vezes, levadas pelo aspecto estético. Isto é bom, mas o mais importante, e que deveria movê-las pelos exercícios e o aspecto saúde.
Deve-se ressaltar que o controle de peso deve ser iniciado ainda na infância. Não se faz hoje a prevenção em unidades básicas de saúde, há somente o tratamento para diabetes, colesterol, hipertensão, mas pouco se faz para deter o ganho de peso.
O coração das mulheres
Há diferença entre o coração masculino e o feminino? Há sim. Podemos citar que o coração das mulheres bate 10% mais rápido que o dos homens. As artérias tem uma amplitude de contração e dilatação 20% superior a masculina, mas são 15% mais estreitas. O estrogênio tem efeitos benéficos como o aumento do colesterol HDL (“ colesterol bom”) e diminuição do colesterol LDL (“colesterol ruim”) além de atividade antioxidante. Mas observe que isto se perde ao chegar a menopausa e por isto o risco vai aumentando a partir daí. Isto sem falar do momento da gravidez, onde a fisiologia cardiovascular sofre modificações que precisam ser acompanhadas, considerando que elas estão atualmente engravidando em idades cada vez mais avançadas.
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Esta é uma área que tem chamado a atenção dos cardiologistas e como fazemos parte do Departamento de Cardiologia da Mulher da Sociedade Brasileira de Cardiologia, temos especial interesse no assunto. As mulheres tem expectativa de vida maior que os homens e o surgimento de doença arterial coronariana se faz cerca de dez a vinte anos mais tarde. Seu risco é de aproximadamente 25% após os 40 anos de idade. As doenças cardiovasculares, entretanto, permanecem como a principal causa de morbimortalidade entre elas, especialmente acima dos 50 anos. Há de fato mais mortes (41,3%) nesta faixa etária do que outras sete causas de morte combinadas. O risco de morrer do coração nelas é seis vezes maior que por câncer de mama.
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