Diário de um linha de frente: “Fiz um juramento e estarei sempre ao dispor”

Tivemos um início de ano difícil e ainda permanecemos lutando contra um poder invisível de destruição, nós brasileiros nunca fomos tão higiênicos, tão cuidadosos com nossos idosos como agora. Estamos mudando nossos hábitos de trabalhar, cozinhar, de entrar em casa, de se cuidar e até a maneira de amar, mesmo que seja por uma distância ou isolamento, e logo nós que somos tão calorosos, que nos da alegria em poder abraçar, aglomerar e principalmente tocar. O mundo hoje diante da pandemia do COVID-19 muda seu olhar, sua estratégia econômica e nossas rotinas de forma global. Estamos vivendo, ou melhor sobrevivendo em um período histórico pra humanidade que com certeza será um marco não só pra história, mas também para todos que vivencia essa lástima. 

A esperança eu vivo e sinto ela a cada dia, lutando contra essa doença, sendo linha de frente nos meus dias atuais, fiz um juramento e estarei sempre ao dispor da humanidade mesmo que ocorra maior risco de contaminação para nós profissionais de saúde, a esperança vai ressurgindo quando vejo a população de maneira geral se conscientizando em fazer sua parte que é crucial, se manter em casa, evitar aglomerações, pois só isso entre outras medidas ajudará abaixar a curva de contágio. 

Sabemos do desfecho econômico que isso causa para o mundo e se tratando do Brasil um país que tem alto índice de pobreza, desemprego e pessoas autônomas que vivem através de uma renda que na maioria das vezes depende de um comércio aberto, de um mercado de rotação financeira ativo faz nos refletirmos e olhar para uma parcela da população brasileira de como serão os próximos dias e até quando irá durar a pandemia. 

Um estudo feito na Universidade de Harvard nos EUA liderado pelo colega epidemiologista Marc Lipsitch diz que para evitar o colapso da saúde (hospitalar) diante da pandemia do COVID-19 o distanciamento social podem ser necessários, ao menos até 2022, isso é uma estimativa do grupo de pesquisadores epidemiológicos. Isso dependerá da imunidade do pós pandemia e da eficácia de uma possível vacina. 

A saúde mental é algo que me preocupa nos dias de hoje e no período pós pandemia, pois algumas pessoas tem exagerado em seus cuidados de maneira que sua saúde mental está se deteriorando às custas da mídia sensacionalista. Devemos nos orientar unicamente pelos órgãos de saúde e pelos profissionais de saúde de como se proteger e de como administrar os cuidados. 

Esperança e fé é o que nos manterá a salvo em nossa saúde mental, dos nossos dias árduos que estamos vivendo em constante mudança devido ao COVID-19. Peço a população que se atente as informações erradas pois isso se propaga pior do que o vírus. Tempos difíceis sim, mas com toda certeza haverá dias melhores. 

Autor: Dr. Luiz Martiniano De Aquino Júnior –

Instagram: @drluizmdajr

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