Via Viagem em Pauta

 

Se você não é chegado em faixas de areia, isoladas nem muvucadas; banhos em águas salgadas; ou já conhece os destinos litorâneos mais famosos do Nordeste, este post é a sua praia.

Neste super roteiro nordestino sem praias, tem montanhas coloridas, cidades históricas, rota da cachaça, endereços dedicados a Gonzagão e até, vejam só, um castelo de contornos surrealistas. Veja alguns destinos:

 

CIDADES HISTÓRICAS DE SERGIPE

Praça São Francisco, declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, em São Cristóvao, Sergipe (foto: Eduardo Vessoni)

Se o litoral do menor estado brasileiro não teve a mesma sorte cenográfica dos vizinhos nordestinos, Laranjeiras e São Cristóvão souberam preservar seu passado histórico em forma de praças, igrejas e museus.

Distantes do mar e do rio São Francisco, mas próximos da capital Aracaju, esses dois municípios são as versões históricas do turismo de Sergipe.

 

VELHO CHICO

Rapel no rio São Francisco, em Canindé do São Francisco, no extremo noroeste de Sergipe (foto: Eduardo Vessoni)

Antiga área inóspita não navegável e de difícil acesso, imensos corredores estreitos de rochas talhadas do rio São Francisco surgiram com a construção da barragem da Hidrelétrica de Xingó, em 1995, considerada uma das maiores do Brasil.

Aquelas águas represadas deram lugar ao Cânion do Xingó, localizado em um vale de 65 km de extensão e com uma profundidade média de 150 metros, onde é possível navegar a bordo de catamarãs, fazer passeios em pequenas embarcações que cruzam corredores estreitos do cânion, fazer rapel e até praticar Stand Up Paddle.

 

LUIZ GONZAGA

Foto: Eduardo Vessoni

Como a proposta do Viagem em Pauta é mesmo o turismo das experiências inusitadas em lugares conhecidos, neste post reunimos atrações espalhadas pelo Nordeste que homenageiam o Rei do Baião.

Tem museu multimídia na capital pernambucana; espaço de exposição dedicado ao forró; e até o ausoléu com os restos mortais de Luiz Gonzaga do Nascimento, o Gonzagão.

 

ROLIÚDE NORDESTINA

Final de tarde no Lajedo do Pai Mateus, em Cabaceiras (foto: Carla Belke/Wikimedia Commons)

Cabaceiras fica a 166 km de João Pessoa, em pleno semiárido paraibano, e ficou famosa em todo o Brasil como cenário de mais de 30 produções, entre documentários e longas nacionais, como ‘Cinemas, Aspirinas e Urubus’, ‘O Auto da Compadecida’ e ‘Canta Maria’.

Localizada na região do Cariri, essa cidade de cinco mil habitantes é considerada um dos destinos turísticos mais importantes do interior da Paraíba.

Seu centro histórico parece sempre pronto para mais uma produção de cinema: é simples, bem preservado e abriga ruas largas e vias estreitas que recortam um simpático casario colorido do século 18.

 

ROTA DA CACHAÇA

Engenho Martiniano, no Brejo Paraibano (foto: Eduardo Vessoni)

Nos meses de inverno, as temperaturas nas serras paraibanas variam entre 12° a 18°, os dias são mais frios e rola até uma neblina entre montanhas, nas manhãs mais geladas.
Não parece, mas esse cenário fica em pleno Nordeste, na região do Brejo, na Paraíba.

Mais do que construções históricas e berço de artistas como Pedro Américo e Jackson do Pandeiro, o destino tem na cachaça sua melhor inspiração para um turismo que vai além dos roteiros de praias desse pequeno estado nordestino.

 

PÊNDULO HUMANO

Pêndulo na Pedra da Boca, entre a Paraíba e o Rio Grande do Norte (foto: Eduardo Vessoni)

Balançar em um pêndulo, na boca de uma rocha, a mais de 300 metros de altura, é fácil.

Exigente mesmo é encarar a trilha íngreme de 600 metros de extensão e a consideráveis graus de inclinação para chegar à Pedra da Boca, em Araruna, cidade paraibana, no limite com o Rio Grande do Norte.

É como se balançar com a cabeça na Paraíba e os pés no Rio Grande do Norte.

 

CASTELO ZÉ DOS MONTES

Vista do labirinto externo do Castelo Zé dos Montes, no Rio Grande do Norte, a 100 km de Natal (foto: Eduardo Vessoni)

Tudo começou, na infância, quando José Antônio Barreto teve uma visão em que uma senhora lhe pedia para construir sete igrejas, em locais diferentes.

Desde que aquela imagem apareceu para ele, em 1941, foram outras 12 aparições até que, já adulto, Barreto, por fim, encontraria o endereço certo para a construção da sua igreja/castelo.

Não concluída, a obra de contornos surrealistas pode ser visitada apenas nos finais de semana, cujos ambientes sem móveis podem ser explorados pelo visitante, como salões rochosos e altares em pedra.

Porém o destaque é o curioso labirinto feito de terra que representa a Via Crucis.

 

BAR SOB PEDRA

Lounge da Pedra do Sapo, em Serra de São Bento, no Rio Gande do Norte (foto: Carla Belke-Divulgação)

Em Serra de São Bento, a pouco mais de 100 km de Natal, por onde se olhe são pedras. De todos os formatos, dimensões e utilidades.

Tem pedra para ver, para se hospedar e até para fazer pêndulo humano. Mas o mais inusitado desse destino serrano do Rio Grande do Norte é um bar-restaurante que funciona debaixo de uma imensa rocha.

O Lounge Pedra do Sapo fica na Fazenda Floresta e funciona como lounge, onde são servidos petiscos e pizzas, ao som de música ao vivo.

 

SERIDÓ

Trecho Cânion dos Apertados

No interior potiguar fica o Seridó, em pleno sertão nordestino, onde acontecem atividades como trilhas por pinturas rupestres de nove mil anos e caminhadas puxadas entre as paredes baixas do impressionante Cânion dos Apertados.

 

DUNAS DO ROSADO

Dunas do Rosado, no Rio Grande do Norte (foto: Eduardo Vessoni)

No extremo norte do Rio Grande do Norte, entre Areia Branca e Porto do Mangue, um cenário árido, em constante evolução, traz novos ares ao turismo potiguar.

Com 10 km² de extensão, as Dunas do Rosado são uma sequência de montanhas coloridas, formadas pelos sedimentos de falésias vizinhas, trazidos pelos ventos constantes.

A 250 km da capital Natal, o parque, considerado o maior conjunto de dunas daquele estado, ainda é um desconhecido do turismo local, mas costuma ser combinado com roteiros litorâneos, em Ponta do Mel, vilarejo do município de Areia Branca.

 

Fonte: viagemempauta.com.br