A base do Li-Fi é que a passagem dos dados se dê por meio da luz. A técnica conhecida como VLC, sigla em inglês para Comunicação por Luz Visível, é considerada uma evolução do código morse. Luzes piscam em uma frequência imperceptível ao olho humano, mas que computadores conseguem identificar. As máquinas acabam decodificando os intervalos e transformam a piscadela em informação e comandos para serem executados pelos processadores.
A ideia já vem sendo estudada há alguns anos. Em 2011, o professor da Universidade de Edimburgo, na Escócia, Harald Haas, inventou a técnica. Segundo ele, a transmissão de dados por luz poderia ser usada nas mais diversas ocasiões, como em carros inteligentes (para que uma troca de dados entre os veículos evitasse acidentes), e na iluminação pública (transformando as lâmpadas na ruas em pontos gratuitos de internet). No mesmo ano, ele fez uma apresentação no TED, que você pode conferir abaixo:
Na verdade, se implementada com sucesso, isso pode significar só o começo. Em estudos feitos em laboratório, a velocidade do Li-Fi chegou a 224 Gigabites por segundo. Em termos práticos, isso significa que você conseguiria baixar games de última geração como Metal Gear Solid V: Phanton Pain antes de completar a frase “preciso instalar um sistema de Li-Fi em casa”.
Ainda não há datas específicas para que o sistema se espalhe mundialmente, porém, a comercialização já está engatinhando. Haas se juntou à Universidade de Edinburgo e criou a companhia PureLifi, que visa o avanço da tecnologia. Desde 2013 a empresa vem desenvolvendo produtos como o Li-1st, visam deixar as técnicas de Li-Fi disponíveis para o grande público, objetivo esse que pode ter se encurtado com a descoberta dos cientistas da Estônia.
Fonte: Super Interessante