O aprendizado está em toda parte.
Podemos definir aprendizagem como qualquer mudança na forma de sentir, pensar ou agir que seja relativamente duradoura. Nesse contexto, a aprendizagem ocorre em todas as trocas, em todos os momentos, e não apenas na escola, ou em casa.
Assim, embora a escola ocupe uma posição fundamental para transmitir o conhecimento da sociedade e para gerar um desenvolvimento social no indivíduo, o trabalho da aprendizagem é muito mais abrangente que as salas de aula.
A educação do século XXI: ensinando os pequenos da Geração Alpha.
Essa percepção mais global, inclusive, faz com que as escolas tenham que se reinventar, uma vez que se vêem conduzidas a se adaptarem às mudanças tecnológicas e a alunos que não são mais iguais aos das gerações anteriores. Com isso, vemos esforços tremendos para que as aulas cumpram não apenas a o currículo, mas desenvolvam também as habilidades socioemocionais, com o objetivo de prepararem as crianças para um futuro tão inconstante. Afinal, nesse novo contexto, o mais importante é agir e não apenas saber a teoria. Não à toa, vemos processos seletivos focados na forma da pessoa conduzir desafios e não tanto no conhecimento formal. É o ditado “contrata pelo conhecimento e manda embora pelas atitudes”, sendo revisto.
O que quero dizer, é que conhecimento é mais holístico, é 24/7 (24 horas por dia, 7 dias por semana). E é vital que estimulemos a aprendizagem em todos os contextos da criança, e principalmente as características de valores, autoconhecimento e comunicação.
Mas, na prática, como podemos fazer isso? Aqui vão 7 dicas para aproveitar os momentos propícios para a aprendizagem fora de sala de aula:
1. Repetição. Rever o conteúdo que foi dado em sala de aula promove uma maior assimilação. De acordo com o psiquiatra americano William Glasser, apenas escutar o conteúdo e não revisita-lo não fará com que você aprenda. O ideal é que a pessoa consiga contar o aprendido com suas próprias palavras, em um contexto diferente. Ou seja, praticar com jogos, desenhos, brincando, encenando ou até mesmo contando o aprendido durante o almoço pode ser uma boa para realmente aprender. Promova esses momentos com seu pequeno em casa!
2. Mediação. Aproveite o tempo com seu pequeno para criar passeios a museus e galerias, idas ao parque. Explore a terra, tente encontrar os bichinhos, utilize aplicativos para pesquisar mais informações sobre as novidades encontradas. Leia livros, encene, brinque de teatro com o seu pequeno, conduza uma atividade de forma relaxada.
3. Momentos em família. Esses momentos são ótimos para que seu pequeno dialogue, entenda hábitos e rotinas, compartilhe as novidades e desenvolva seus valores.
4. Organização. Envolva seus filhos na organização da casa, nas tarefas domésticas e na rotina. Para que ele tenha senso de comunidade, senso de pertencimento, trabalho em equipe, e ainda desenvolva responsabilidade.
5. Cozinhe com seu pequeno. Quer forma gostosa de aprender matemática, divisão, química e ainda encher a barriguinha? Cozinhar é ótimo para que seu filho pratique a coordenação motora e crie vínculos reais com sua família e amigos.
6. Cante junto. Cantar relaxa, e ainda desenvolve noções de ritmo e musicalidade. Fonoaudiólogas, inclusive, recomendam o canto para vencer alguns errinhos de fonética e projeção de voz. Trava-línguas também funcionam e são divertidos.
7. E por último, pratique o ócio criativo. Deixe seu filho lidar com o tédio. Isso o ajuda a aprender a esperar (algo frequentemente deixado de lado pela ansiedade crônica e o medo de sentir-se “de fora”, missing out) e ainda oportuniza momentos para que ele crie algo para brincar. A criatividade é prática, mas necessita de tempo e descontração para acontecer.
Fonte: https://leiturinha.com.br/