Oi, tudo bem? Eu me chamo Marcos Sabbá, sou formado em Educação Física pela UFAM – Universidade Federal do Amazonas e em Fisioterapia pela UNIP – Universidade Paulista. Com especialidade em traumato-ortopedia e osteopatia pela Escuela de Osteopatia de Madrid na Espanha. Também possuo especialidade em DOR pelo SINPAIN.
Atuando há mais de 12 anos com tratamento de dor na coluna vertebral no coração da Amazônia em uma das clínicas mais bem equipadas e completas da capital de Manaus.
Iniciando aqui hoje com vocês leitores de EM VISÃO, uma constante coluna super bacana! Onde vamos falar de muitas coisas para o bem-estar da prevenção da sua saúde no mundo da fisioterapia.
Nosso primeiro assunto aqui será a dicotomia do avanço da tecnologia médica com a dor lombar.
Bem, esperava-se que, com o progresso da tecnologia médica ao longo dos anos, o número de pessoas com dores lombares (lombalgia) diminuísse no mundo, mas infelizmente, os estudos revelam uma realidade diferente.
Recentemente, o jornal The Lancet publicou um estudo global que apontou que a dor na região lombar afeta nada menos que 619 milhões de pessoas em todo o mundo em 2020. E o pior é que as projeções são ainda mais assustadoras, estimando que até 2050 poderá haver 843 milhões de casos prevalentes.
Esse crescimento alarmante dos números é atribuído a uma série de fatores, incluindo o aumento do trabalho remoto e o estresse decorrente do período de isolamento social, que atingiu seu ápice no ano de referência da pesquisa. Infelizmente, a tendência é que esse problema continue persistindo no futuro próximo.
De acordo com o The Lancet, estudos anteriores já haviam confirmado que a lombalgia é a principal causa de incapacidade na maioria dos países. E o mais preocupante é que tanto a carga total de incapacidade quanto os custos relacionados a essa condição deverão aumentar ainda mais nas próximas décadas.
O estudo também destaca que, apesar dos esforços globais para fornecer orientações baseadas em evidências para o tratamento e prevenção da dor lombar, ainda há um alto uso inadequado de práticas ineficazes, tais como o abuso de imagens diagnósticas, repouso excessivo, uso indiscriminado de opioides e procedimentos invasivos. Essas abordagens inapropriadas podem atrasar a recuperação e aumentar significativamente o risco de incapacidades a longo prazo, ampliando, assim, o impacto global desta condição de saúde.
Infelizmente, no estado do Amazonas, não dispomos de estudos relevantes que forneçam dados estatísticos coesos sobre a prevalência da dor lombar na população. Contudo, com base em minha prática clínica de mais de 14 anos em uma clínica de fisioterapia especializada em tratamento de coluna, posso afirmar que os números são alarmantes, o que corrobora com o estudo apresentado pelo The Lancet.
Esse cenário ressalta a importância de um maior investimento em pesquisas locais para obtermos um panorama preciso da situação na região, além de enfatizar a necessidade de medidas eficazes para prevenção, tratamento adequado e educação sobre a lombalgia, a fim de reduzir seu impacto e melhorar a qualidade de vida dos afetados.
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