Segundo o levantamento, o setor faturou R$ 159,2 bilhões. Resultado reflete a recuperação registrada no ano passado após impacto provocado pelas restrições impostas pela pandemia.
De acordo com o Censo Brasileiro de Shopping Centers 2021-2022, elaborado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), o setor registrou o faturamento anual de R$ 159,2 bilhões em 2021, uma alta de 23,6% em relação a 2020 (R$ 128,8 bi). O dado mostra a recuperação dos shoppings ao longo do ano passado, período ainda marcado por restrições de funcionamento e retomada gradual da atividade econômica no país.
Na variação regional, o crescimento do faturamento em 2021, sobre o período anterior, foi maior na Região Norte (+29,4%), seguida pelas regiões Nordeste (+25,8%), Sudeste (+ 24,9%), Centro-Oeste (+21,4%) e Sul (+15,1%). “O resultado positivo do ano passado é um grande indicativo de como o setor se fortaleceu, após as restrições de funcionamento, e está caminhando para a recuperação total das perdas do período pandêmico. Os consumidores foram seguros às compras em 2021 e aos poucos vão retomando o hábito de frequentar shopping centers, com cada vez mais pessoas vacinadas e protocolos de higiene mais atrelados à rotina, o que garante maior tranquilidade e confiança a todos. Nossa expectativa é de um setor ainda mais forte este ano, impulsionado pela melhora macroeconômica do país e aumento do emprego”, afirma Glauco Humai, presidente da Abrasce.
Inaugurações
Em 2021, foram inaugurados cinco shopping centers. Neste ano, a previsão é de 13 novas inaugurações, sendo cinco na Região Sudeste, três na Região Nordeste, três na Região Sul e dois na Região Centro-Oeste. Em Área Bruta Locável (ABL), essa expansão representa um aumento de 1,5% sobre o ano anterior, com um total de 17,2 milhões de metros quadrados, ante os 16,9 milhões apontados em 2020. “Estes números demonstram a pujança do setor. O ano de 2001 foi marcado pela retomada do setor, após registrar em 2020 uma queda no faturamento sem precedentes em sua história, imposta pela pandemia”, complementa o executivo.
O número de lojas também cresceu e chegou a 112 mil, um acréscimo de 1,5% na comparação com 2020 (110 mil lojas). O número médio de visitantes ao mês foi de 397 milhões, o que representa uma elevação de 16,4% sobre 2020, quando a média mensal foi de 341 milhões de pessoas. Em 2021, o setor gerou 1,02 milhão de empregos, alta de 2,1% em comparação ao ano anterior (998 mil postos). Já as vagas de estacionamento totalizaram 1,018 milhão, acréscimo de 1,5%.
Diferentemente de 2020 – quando a taxa de vacância atingiu 9,3% -, a taxa verificada no ano passado reduziu em cerca de 60%, devido a recuperação do setor, e registrou 6,1% em dezembro, se aproximando dos patamares pré-pandemia (4,2% em fevereiro de 2020).
Perspectivas
Para 2022, a projeção é de um aumento de 13,8% nas vendas, que devem se aproximar dos níveis pré-pandemia. Em termos de expansão, em 2019 apenas 10% dos shoppings tinham planos de expandir. Apesar da pandemia, em 2021, 8% dos shoppings passaram por algum tipo de expansão. Para os próximos anos, 28% dos shoppings pretendem expandir, o que demonstra o elevado grau de confiança do setor de shopping center.