Espetáculo de companhia de dança amazonense promove acessibilidade através da língua brasileira de sinais e audiodescrição.

 

Com intuito de ampliar seu alcance na pretensão de dialogar com inerentes públicos, a Companhia Storge, que atua a 6 anos na cidade de Manaus de forma independente, desenvolveu um trabalho promovendo acessibilidade para as pessoas com deficiência auditiva e audiovisual.

O espetáculo será disponibilizado gratuitamente através das Redes Sociais da companhia e também no YouTube, às 19h do dia 25 de fevereiro. Com tradução de Libras e audiodescrição, além de legendas.

A intenção de Patrício Terry – idealizador do projeto, é de que as pessoas além de apreciar um belo espetáculo elas possam também vivenciar uma experiência dentro das suas casas ou por onde estiverem no mundo através da internet: “ser uma espécie de porta voz para essas pessoas que por alguma circunstância da vida não pode enxergar ou ouvir com a matéria carnal, mas que elas possam sentir através do coração e na percepção daquilo que elas podem absorver durante a apreciação do espetáculo”.

O projeto foi contemplado no Edital Amazonas Criativo do Governo do Estado do Amazonas, através da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, pelo programa “Cultura Criativa 2021”.

Terry também menciona a dificuldade da classe artística nesse período pandêmico mas também de como a arte tem sido (re)apreciada de outra maneiras e formas atualmente: “a gente sentiu isso na construção da obra audiovisual, sair dos palcos – até mesmo por conta da pandemia do Covid-19, e entrar nas telas também nos deu essa oportunidade de nos comunicar com mais pessoas e também com um público, que por diversas circunstancia, talvez nunca tenha tido a experiência com um espetáculo de dança, por exemplo”.

A Companhia

Foto espetáculo Cardigã - Foto: Hebe Raquel.
Foto espetáculo Cardigã – Foto: Hebe Raquel.
Foto espetáculo Cardigã
Foto espetáculo Cardigã – Foto: Hebe Raquel.
Foto espetáculo Cardigã - Foto: Hebe Raquel.
Foto espetáculo Cardigã – Foto: Hebe Raquel.

Iniciou suas atividades em 2015 dentro de um projeto da Universidade do Estado do Amazonas – UEA, como experimento de pesquisa para projetos no Curso de Dança e se transformou além das paredes da academia, conquistando espaço na cena local, com premiações, mostras, e circulações nos teatros e escolas públicas. Com pesquisa em dança-teatro, improvisação e repetição do movimento, a companhia se projeta conforme as pessoas que circulam no seu meio, cada integrante já realiza trabalhos artísticos, sob o âmbito local e nacional, todos relacionados a dança, teatro e performance.

Cardigã

Com a trilha sonora brasileira de Sandy e Tiago Iorc, o espetáculo vem indagar: Toda dor é por enquanto? No caos dos momentos difíceis é possível recordar a paz? Olhar para dentro e acordar o inimaginável, o que de fora se via e logo se esquecia, assimilar o confronto e combate-lo sem o receio das perdas, pois no fim das contas o cais do ponto de partida dentro de um corpo permite que ele não siga só, no looping eterno de ressignificar. Isso vai passar.

Ficha técnica

Patricio Terry, ator, bailarino e idealizador do projeto - Foto: Hebe Raquel.
Patricio Terry, ator, bailarino e idealizador do projeto – Foto: Hebe Raquel.

O elenco da Storge traz Alexsandra Elyza, Hanna Carla, Ingrid Beatriz, Luis Fhernando e Milla Rayssa. A direção do projeto é de Patrício Terry, com iluminação cênica de Sthefanya Lima, figurino e maquiagem de Eduardo Klinsmann, consultoria artística de Victor Venâncio e Cléia Santos, interprete de Libras com Andrei Dreli, audiodescrição com Joyce Belleza, produção audiovisual de Kaique Brilhante e fotos de Hebe Raquel.