Cuidados para manter a qualidade do órgão vão além de manter o cigarro distante, conforme o médico Pneumologista e Broncoscopista Luiz Marques
Você já parou para pensar na saúde do seu pulmão? Principal responsável pela respiração, o órgão interfere em todo o corpo humano, que necessita do oxigênio para viver. Manter o pulmão em excelentes condições é essencial para ter qualidade de vida, especialmente quando muitas doenças pulmonares estão relacionadas com outras enfermidades.
Formado em Medicina pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), com especialização em Clínica Médica pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e em Pneumologia e Broncoscopia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o médico pneumologista e Broncoscopista Luiz Marques aponta algumas medidas que podem ser tomadas para manter o órgão saudável: alimentação equilibrada; hidratação; prática regulares de exercícios aeróbicos e de resistência; não fumar – pois o cigarro diminui a imunidade dos pulmões, além de causar doenças como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e risco para câncer e pulmão, doenças ateroscleróticas e várias outras , importante manter as vias aéreas limpas e desobstruídas.
Conforme o especialista, o pulmão também é bastante beneficiado pela prática de exercícios físicos, principalmente atividades aeróbicas (subir e descer escadas, caminhadas, corridas, pular corda, pedalada, dança, natação). Os exercícios físicos focados na prática regular têm que se tornar um hábito, para que possam fortalecer a musculatura respiratória e melhorar o desempenho do aparelho cardiovascular. Existem diversos estudos demostrando uma melhora no desempenho funcional de muitos pacientes com essa prática, incluindo o alívio da sensação de dispneia (cansaço), além da melhora do sistema imune, e combate a doenças infecciosas. Por isso, o melhor que podemos fazer é nos cuidarmos, dentro de nossas condições qualitativas”, destaca.
Mesmo durante a pandemia da Covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus) e com a necessidade do isolamento social, esses hábitos devem permanecer na lista. “Temos que manter a movimentação durante o isolamento, seja por meio de uma dança ou por um exercício de respiração. É importante se alimentar bem, ingerir bastante líquidos, lavar bem as mãos ou higienizá-las com álcool gel, não sair de casa ‘sem motivo’ e, sempre que sair, usar máscara e evitar aglomerações”, especifica o médico.
Atenção aos Sintomas
Uma das missões do pneumologista – profissional capacitado a prevenir, diagnosticar e tratar doenças respiratórias e pulmonares e encontrar anomalias que danifiquem a saúde e bem-estar – é orientar os pacientes sobre cuidados preventivos e contribuir para o esclarecimento a respeito do tabagismo e do controle de doenças pneumológicas, como fibrose cística, micoses pulmonares, embolia, enfisema pulmonar, pneumonia, tuberculose, câncer de pulmão, asma (doença crônica, responsável por causar inflamação de vias aéreas inferiores, bronquite (inflamação específica nos brônquios).
Essas doenças possuem sintomas comuns, que geram o alerta para que as pessoas procurem o especialista: cansaço sem esforço; roncos; falta de ar; tosse (seca ou não); apneia no sono (curtos períodos em que o indivíduo deixa de respirar durante o sono); despertar noturno repentino; aperto no peito; rouquidão; hemoptise (eliminação de sangue proveniente dos pulmões ao tossir); infecções respiratórias frequentes. “As doenças respiratórias são responsáveis por um número alto de óbitos todos os anos e o câncer de pulmão é o número um entre todos os cânceres. Por isso, é importante que você fique atento a esses sintomas para garantir o diagnóstico precoce e o tratamento adequado”, assevera Marques.
Nesse cenário, conforme o pneumologista, alguns exames podem auxiliar no diagnóstico, a exemplo da espirometria, também conhecida como prova de função pulmonar. “É um exame que avalia os volumes e fluxos de ar que entram e saem dos pulmões. O procedimento, é feito de forma simples e indolor. Utiliza-se um aparelho, chamado espirômetro, no qual a pessoa assopra em um bocal, de modo a avaliar o fluxo e a quantidade de ar que sai dos pulmões”, explica.
Marques lembra que, se algo não vai bem com o pulmão, outras partes do corpo humano também serão afetadas, já que o órgão não será capaz de transportar de maneira adequada o oxigênio no organismo. “Por isso, não deixe de acompanhar a saúde do seu pulmão. Com um nível de atenção simples, é possível fazer com que ele se mantenha forte e saudável e cumpra suas funções adequadamente”, garante.
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