Nossa colunista Juliana Perrone é nascida em Manaus radicada em São paulo ha 11 anos. Fez faculdade de moda, também passou pelo Senac Faustolo e Escola São Paulo. Hoje empresária, nossa colaboradora é mãe dos lindos Sophie de 2 anos e Yasser de 5 anos e ama tudo de bom que a vida pode nos oferecer. Confira na íntegra sua primeira entrevista da coluna que leva seu nome. Boa Leitura!
1. Qual o seu estilo e para quem pretende fazer Moda ?
Meu estilo é um pouco diferente do estilo que eu crio… Eu me visto de uma maneira mais despojada, adoro cores fortes, misturar texturas, amo estampas e fazer muitas sobreposições. As roupas que eu crio são para mulheres mais clássicas, que ao mesmo tempo gostam de peças diferentes, mas sempre valorizando cortes retos clássicos e boas modelagens. O que me aproxima do meu público alvo é que sou jovem e urbana e crio para pessoas assim também.
2. Qual sua inspiração no tema e a mensagem que você quis passar no seu desfile do concurso Faap moda ?
Minha primeira inspiração pro tema usado foi a vontade de querer contar uma história através de roupas, eu queria uma história forte, que se relacionasse muito comigo e que ao mesmo tempo me desse a chance de estudar bastante e aprender também, eu queria que fosse um aprendizado pessoal. Com a escolha do tema dos seringueiros da borracha eu consegui fazer bem isso, foi um tema que me ajudou a crescer muito pessoalmente e que deixou com que eu contasse pros outros um pouco mais dessa história incrível que faz parte da nossa cultura e da minha família. Eu quis passar pro Brasil que existe muito mais na nossa cultura do que a gente imagina, mais do que vemos nos livros e que ela é tão rica quanto as outras de fora. Na minha opinião o brasileiro dá tanto valor ao que é de fora que esquece o que tem debaixo do próprio nariz… Eu quis chamar a atenção das pessoas sobre isso.
3. Planos para o futuro ?
Meus planos pro futuro são vários. Como estudante, estou na principal etapa da vida onde a gente pode mesmo sonhar e planejar várias coisas (claro que, sempre com o pé no chão). Meus objetivos são criar uma coleção cápsula para vender online em 2017, fazer muitos cursos fora e me especializar bastante nas áreas que gosto, me formar e ganhar experiência trabalhando em outras marcas para depois poder abrir a minha própria, que será a princípio de vestidos de festa.
4. Qual sua maior dificuldade na hora da criação ?
Minha maior dificuldade na hora de criar e acredito que é a mesma de muitos criadores aqui no Brasil é ter muito cuidado sobre até onde podemos levar nossa criatividade. Nem tudo que é muito diferente vende, então às vezes precisamos deixar de lado ideias muito ousadas para que as roupas se adaptem ao público e ir levando aos poucos o que é diferente pro mercado. Não dá pra abrir uma marca inteiramente conceitual e esperar que tudo venda, é preciso saber medir até onde vai o conceito e onde começa o comercial, para que a roupa tenha identidade única e ao mesmo tempo usável, atingindo um público maior.
5. Como começou sua relação com a moda ?
Minha relação com a Moda começou desde que eu era bem pequena, sempre gostei de desenhar principalmente roupas e minha técnica no desenho foi se aprimorando ao longo dos anos. Além disso, desde os meus 12 anos sempre acompanhei desfiles, programas de Moda, lia bastante revistas e matérias. Ter crescido numa era digital, com fácil acesso a internet e sites me ajudou muito a entender mais sobre a Moda. Durante minha adolescência fiz vários vestidos pra mim mesma (desenhava e levava na costureira para ela fazer), inclusive os meus da festa de 15 anos.
6. Quem são suas inspirações ?
Minhas inspirações são variadas, de diversas áreas e diversos períodos históricos. Personalidades da mídia antigas e atuais, estilistas clássicos e estilistas inovadores e até pintores renascentistas. Vou de Matisse a Lady Gaga. Como designer e profissional da Moda, qualquer pessoa que tenha uma identidade visual forte e única já é uma inspiração pra mim.
7. Pretende divulgar e desenvolver seu trabalho em Manaus ?
Sim! Meus projetos de Moda incluem Manaus como um grande foco. Acredito que a cidade precisa crescer um mercado de Moda próprio, sinto falta de ver marcas e estilistas locais aqui no mercado. Pretendo abrir um atelier de roupas em Manaus e tenho até projetos para lecionar e tentar aumentar o número de novos estudantes e profissionais do ramo aqui.
8. Como foi para você participar do concurso, vencer pelo voto do público e ter a Top Carol Ribeiro no seu casting ?
O concurso era um sonho antigo, entrei na Faap por causa dele e por muito tempo parecia uma coisa muito distante de mim. Não é fácil entrar e são poucos selecionados (apenas 6), tentei a primeira vez esse ano e entrei de primeira. Quando vi meu nome em segundo lugar nos finalistas para a fase do desfile foi uma felicidade enorme. Participar desse processo era minha maior aspiração desde que entrei na faculdade e foi muito mais do que eu esperava, foi trabalhoso e eu amei cada segundo.
Vencer pelo voto do público pra mim foi muito significativo pois é o prêmio em que o consumidor te escolhe, significa que você tem grande capacidade comercial e isso é muito importante.
Ter a Carol Ribeiro no meu casting foi uma oportunidade única. Ela é uma modelo de nome enorme e uma excelente profissional. Talvez sem o concurso eu demorasse muito a ter alguém de tanto peso no meu casting. Me senti muito honrada de tê-la conseguido.