O sucesso baseado na elegância sempre presente nas coleções de Ricardo Almeida.
Talento incontestável e um estilo baseado em uma elegância invejável. Se tornar referência no que faz e vestir grandes personalidades como Gisele Bundchën e Gustavo Kuerten não é para qualquer um. A lista de seus clientes assíduos é longa e muito estrelada, não é atoa que Ricardo Almeida é conhecido como o estilista das estrelas. A moda começou a correr em suas veias em 1974. Com o seu amor ao motociclismo, esporte ao qual se dedicava na época, foi a uma camisaria em busca de patrocínio para suas corridas, o destino acabou por fazê-lo então representante da marca na época. Com o passar do tempo começou a dar palpites sobre os tecidos e cortes da marca, suas primeiras criações estavam começando a surgir. O que ele ainda não sabia é que a moda faria dele um verdadeiro artista. Trilhou um caminho de muito sucesso como estilista e fez da sua arte um verdadeiro sucesso mundial, vários são os clientes estrangeiros que se apaixonam por suas coleções. Por falar em estrangeiros, o perfil atual das coleções Ricardo Almeida visa à elegância de as quem veste em todas as ocasiões, sendo elas uma reunião de negócios no Brasil ou em qualquer outra parte do mundo. Mesmo vivendo um sucesso crescente e duradouro as inovações continuam surgindo nesta grande grife, e muitas novidades vêm por ai. Confira:
Em outras entrevistas você disse que o seu forte nunca foi o desenho e até hoje só desenha mesmo para ter a ficha técnica, mas a arte em si sempre esteve presente em você?
Na verdade o que acontece é que o estilista que desenha, muitas vezes é para vender o trabalho pra alguém, como eu mesmo faço o molde não preciso disso. Eu nunca fui para esse lado de desenhar porque eu monto na minha cabeça e vou lá e faço o molde, no máximo uso a ficha técnica pra costureira saber qual a altura que vai o bolso, qual é o tamanho, tudo isso é a parte técnica, não reproduz como é a peça realmente. O desenho necessita de interpretação, do jeito que eu faço não, a ficha técnica já diz todos os tamanhos então não tem o erro né, vamos assim dizer.
Um grande diferencial da grife são os tecidos incríveis. Como é feita essa seleção tão perfeita?
Todos os nossos tecidos são importados, a gente vai para a Europa busca-los, praticamente são todos italianos. Algumas vezes eles mesmos vêm pra cá, até os donos das fábricas vêm aqui me atender. É ter moral né? Até o dono da Loro Piana já veio aqui no Brasil, isso aí é “top”. (risos) Mas a gente costuma ir bastante em todas as feiras lá de fora de tecidos para escolher os melhores paras nossas coleções.
Inovar em estilo e fazer realmente um diferencial sempre esteve dentro do Ricardo Almeida?
Na realidade a gente é super inquieto, a gente sempre tem o melhor molde mas queremos fazer melhor ainda, queremos inovar, isso é um problema até mesmo quem sabe de ariano, por ser uma pessoa que nunca tá feliz. Ela sempre acha que pode fazer melhor e vai tentar fazer melhor. Mas com isso temos um problema bom e um problema ruim, a parte boa é que você sempre procura fazer o seu máximo, já a parte ruim é que você nunca tá feliz, sempre fala “Não, dá pra fazer melhor”, mesmo que esteja ótimo, perfeito.
Com essa preocupação cada vez maior com o meio ambiente e tecnologias autossustentáveis, existe alguma medida da marca em relação a isso?
Olha, a gente se preocupa, inclusive nossos fabricantes também, até mesmo o fabricante dos nossos jeans que é feito fora do Brasil. Estamos montando a fábrica nova que terá 6 mil metros quadrados e estamos cuidando bastante desta parte de sustentabilidade. Hoje me dia é de suma importância que os empresários olhem para este lado ambiental também.
Somos uma revista da Amazônia brasileira. Esta região já lhe inspirou ou tem pretensões de fazer alguma criação em homenagem a esta parte tão cobiçada pelo mundo?
Eu ainda não fiz nenhuma criação inspirada na Amazônia, pode ser que no futuro a gente possa vir a fazer. Assim, quando eu penso na minha linha de criação eu não vou muito para um tema. É lógico que quando eu trabalho com estampas ainda vai pra um tema, mas eu normalmente penso em um homem elegante. Eu sempre falo que penso naquele filme da Júlia Roberts e o Richard Gere, o Pretty Woman, porque ele sempre esteve elegante no filme, nas roupas e nas atitudes. Lógico que hoje as roupas estariam fora de moda, mas na época o figurino foi muito interessante. O que mais me chamou atenção foi a elegância dele com a personagem da Júlia Roberts, até mesmo quando ele “pisou na bola” ele chegou e pediu desculpas e se posicionou de uma maneira extremamente elegante. Então toda vez que eu penso na nossa coleção eu penso nessa atitude, a elegância é sempre o foco da minha criação.
Os 10 Mandamentos do Terno, por Ricardo Almeida
- Não usarás terno de numeração maior que a sua;
- Não usarás colarinhos que tenham mais de um dedo de folga do pescoço;
- Deixarás 1 centímetro da manga da camisa aparecendo por baixo do paletó;
- Deixarás sempre o último botão do paletó aberto;
- Deixarás a ponta da gravata de 1 a 2 centímetros de distância do cós da calça;
- Usarás a barra da calça apenas um dedo acima do salto do sapato;
- Não deixarás que as mangas do paletó cubram suas mãos;
- Não colocarás carteiras e celulares nos bolsos do terno, deformando a roupa;
- Não dirigirás usando paletó – ele ficará amassado;
- Atualizarás seu look com calças sem pregas e paletós de dois botões.