Apresentada por Marcelo Tas, edição inédita vai ao ar na terça-feira (8/3), na TV Cultura.
Estreia terça-feira (8/3), na TV Cultura, a temporada 2022 do Provoca. Marcelo Tas comanda a atração que estará de novo visual, cenário e pacote gráfico, e recebe a escritora e filósofa Djamila Ribeiro. Vai ao ar a partir das 22h.
“O Provoca está sempre em transformação. Dessa vez, junto com as equipes da TV Cultura atualizamos o pacote gráfico, o cenário e as informações na tela para ficar mais claras e bonitas para o público. Na parte editorial, o desafio é manter a diversidade de vozes que aparecem no programa. É uma enorme alegria e honra abrir a nova temporada com a filósofa Djamila Ribeiro, considerada uma das pessoas mais influentes do mundo, no Dia Internacional da Mulher”, diz Marcelo Tas, apresentador da atração.
Em 2022, o programa promete continuar rompendo o véu entre a alta cultura e a cultura pop, ampliando e diversificando seus convidados, com nomes de diferentes culturas, idades, raças, áreas e estilos. “Com essa variedade, a atração consegue despertar o interesse do público, apresentando um programa popular, inteligente e provocativo”, diz Paula Cavalcanti, diretora de Produção da TV Cultura.
Já enfrentaram a provocação de Tas nomes como Fernando Henrique Cardoso (90 anos) e Any Gabrielly, integrante do grupo Now United (19 anos). A monja Coen e Dayara Tukano, indígena da etnia Tukano (Amazonas); o cantor Odair José e o rapper Djonga, os atores Silvero Pereira e Marisa Orth, o humorista Paulo Vieira, o fotojornalista André Liohn, o músico André Abujamra, Preto Zezé (Presidente da Cufa), entre outros.
Estreia – Djamila Ribeiro
No bate-papo de Marcelo Tas com a filósofa Djamila Ribeiro, na terça-feira (8/3), eles falam, entre outros assuntos, sobre Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, brigas, viver nas trincheiras e racismo.
Tas pergunta porque Sério Camargo chamou o congolês, que foi espancado até a morte reivindicando salário, de vagabundo. “Olha, eu sempre me recusei a dar entrevistas sobre ele (…) ele representa um governo, se sair de lá, o presidente vai botar outra pessoa (…) o grande problema é esse, o que essa administração representa, quais são as políticas que essa administração tem feito, inclusive em relação à população negra”, diz Djamila.
Sobre ele sofrer racismo, ela comenta: “Estruturalmente falando, se ele estiver andando de carro na rua e um policial pará-lo e não souber quem é, ele vai ser parado. Agora, ele se colocou num lugar de ir contra as nossas pautas (…) eu tenho discordância radicais contra esse ser humano, independente de ele ser negro ou não”.
Na edição, Djamila fala sobre o meme “descansa militante”. “Eu venho dessa formação de base, de movimento social, eu aprendi muito com as mais velhas. Uma vez conversando com uma delas, ela falou: ‘a geração de vocês tem que aprender a equilibrar as coisas, cuidar de vocês também, porque a gente fica nessa coisa de lutar, lutar, e não cuida das nossas próprias coisas, da saúde, do mental’ (…) isso é algo que eu trato no meu último livro (…) honrá-las é também cuidar da gente”, explica a filósofa.