Totalmente integrado à natureza no estado do Amazonas, o Mirante do Gavião é um destino dos sonhos para quem deseja conhecer a Amazônia

Fazer turismo no Brasil é surpreendente. Ainda mais quando temos em nosso território a maior floresta tropical do mundo: a Amazônia. Sua importância é tamanha que sua conservação extrapola o diálogo interno e vive na pauta mundial. A Amazônia Legal abrange nove estados brasileiros e faz fronteira com sete países, tem 5 milhões de km², corresponde a 58,9% do território brasileiro (dados do mapa de 2019 do IBGE). O mesmo nome, a ecorregião Amazônia, é dado ao bioma com 49,3% do nosso território. E o Amazonas é a porta de entrada e melhor estrutura turística, já que seu território está no coração da Floresta Amazônica, que precisa ser visitada, não explorada.

A duas horas e meia de carro (ou cinquenta minutos de hidroavião) de Manaus está o município de Novo Airão, onde fica o Parque Nacional de Anavilhanas, segundo maior arquipélago fluvial do mundo (o primeiro fica em Roraima) com estrutura de turismo de forma sustentável e consciente. Anavilhanas é um lugar espetacular para fazer incursões pela floresta: são 406 ilhas em uma extensão de 7 mil km2 e um dos biomas mais diversos do mundo. E é lá, às margens do Rio Negro, que fica hotel Mirante do Gavião.

Totalmente integrado à natureza no estado do Amazonas, o Mirante do Gavião é todo construído em madeira de lei certificada. Às margens do Rio Negro, é um destino dos sonhos para quem deseja conhecer a tão exuberante Amazônia. São 12 suítes em forma de barco invertido que lembram casas na árvore, com passarelas suspensas para viabilizar o manejo sustentável do solo. Os quartos são equipados de ar-condicionado, frigobar, cama king size, ampla varanda, com rede, e algumas com ofurô. O chuveiro é aberto, com um biombo de madeira, em um espaço amplo, com escrivaninha e salinha integrada.

O hotel está localizado no município de Novo Airão, a cerca de 180km de Manaus, e tem uma estrutura que impressiona, em meio à floresta. O projeto arquitetônico tem design original e harmoniza com as árvores e plantas que o contornam. Além da piscina com vista para o rio e embrenhada na floresta, o Mirante do Gavião ainda tem mirantes com vista para o Rio Negro e para a floresta, sala de jogos e bar.

Gastronomia

Os sabores da Amazônia são fascinantes: do caldo do tucupi (extraída da mandioca brava) ao tambaqui e sua notória costelinha, da tapioca às frutas amazônicas jambu, abacaxi, cupuaçu, caju, graviola ou taperebá. A chef Debora Shornik, de um dos melhores restaurantes de Manaus, o Caxiri, é a responsável pela cozinha do Camu-Camu, dentro do Mirante do Gavião. Ela também tem o Flutuante Flor do Luar, em Novo Airão.

Parque Nacional das Anavilhanas

Santuário de preservação, o Parque Nacional das Anavilhanas é um refúgio de todas as espécies em reprodução. Garantia do estoque pesqueiro, fornecimento de água no período de seca, representa uma grande oportunidade de desenvolvimento sustentável. E estar no coração do Parque é comungar com esta natureza. Não tem como pensar em um turismo que não seja responsável. E este pensamento, organizou e reestruturou o turismo local, quando foi promovido a Parque Nacional. Segundo maior arquipélago fluvial do mundo, Anavilhanas é composto por 406 ilhas e 7 mil km2.

Você consegue perceber o impacto e conscientização que a “floresta vale mais em pé, do que deitada” a cada visita guiada – o discurso é alinhado e coerente. E vê na prática este movimento de conscientização, principalmente das comunidades ribeirinhas às margens do rio Negro, que deixaram de explorar para trabalhar no turismo.

Fundação Almerinda Malaquias

O hotel ainda apoia a Fundação Almerinda Malaquias, que gera renda para mais de 40 famílias de artesãos com oficinas de artesanato de reaproveitamento de pedaços de madeira, reciclagem de papel; e uma escola de preservação ambiental, para promover a importância da floresta e criação de novas iniciativas de preservação. Vale a visita, os artesanatos são de qualidade e ainda ajuda a comunidade local. A Katerre é responsável por 70% do orçamento anual necessário para a sobrevivência da Fundação Almerinda Malaquias e, durante a pandemia, abriu um e-commerce para viabilizar a compra dos artesanatos no período sem turismo.

Como chegar?

O aeroporto mais próximo é Manaus, Amazonas.  Novo Airão, onde o Mirante do Gavião se encontra fica há duas horas e meia da capital. Você pode ir de carro – o hotel oferece o serviço de transferência com motoristas locais. De hidroavião leva cinquenta minutos em um voo espetacular pelo Arquipélago de Anavilhanas, decolando do aeroporto de Manaus.

Quando visitar?

Com calor o ano inteiro, melhor evitar o período de chuvas, principalmente entre fevereiro e maio.

As praias amazônicas aparecem no período de vazante do Rio negro, formando paisagens paradisíacas. Você pode se banhar em uma infinidade de praias de areia branca, contrastando com as águas negras e coroados pelo verde da Floresta. De outubro a dezembro, elas surgem em Novo Airão, no Arquipélago de Anavilhanas, parque de conservação nacional. Selvagens e isoladas, não têm estrutura, como é o caso da Praia do Meio, onde o rio divide a areia em fatias, coisa mais linda.

Fonte: https://viagemegastronomia.cnnbrasil.com.br/viagem/mirante-do-gaviao-hotel-amazonia/