Por Psicóloga Mara Guerra

Este é um momento singular para a população mundial. Estamos vivendo algo novo neste ano de 2020. Nossos antepassados viveram este momento com a gripe espanhola. Não conhecemos muito a história, principalmente quando é triste, não queremos muito saber de notícias ruins.

Até concordo, mas a história nos ensina a não repetir os mesmos erros, podemos mudar a rota para o futuro. Me parece que neste caso não aprendemos muito, perdemos muitas pessoas, jamais pensamos em passar por uma pandemia, ficarmos confinados por três meses ou mais. Isso seria algo para um futuro distante. Me parece que não tivemos um aprendizado de como agir.

A Pandemia:

Como vamos saber mais sobre as catástrofes? Temos que pesquisar, sermos orientados pelos homens que comandam o mundo. Será? Podemos ouvir muitas verdades e muitas mentiras. Não sabemos em quem acreditar. Será que neste caso vigente existe uma conspiração mundial? Não sabemos.

Só temos as consequências desta pandemia, desespero e/ou morte, confinamento e suas dificuldades em nos adaptarmos nesta rotina. Uma rotina nova até para nos comunicarmos, não podemos estar juntos mais, restrições inúmeras, o jeito foi entrar nas plataformas online.

Novo tempo, muitas novidades e possibilidades; notícias sensacionalistas e verdades, vendas de produtos os mais diversos. Lojas de grandes marcas, vendas on line, muitas lives, muitas palestras sobre o assunto, especialistas ensinando como se prevenir de como devemos nos comportar mediante a pandemia e a doença.

O confinamento:

Todos em casa, todos no mesmo ambiente por meses, um Big Brothers forçado. Não temos no nosso inconsciente coletivo, como nossos antepassados conseguiram sobreviver no confinamento da gripe espanhola.

Hoje é só apertar um aplicativo do celular que já teremos informações diárias, temos informações sobre qualquer assunto em segundos, na época da gripe espanhola, não tinham estas informações instantâneas. O que tudo isto tem a ver com a pandemia? Estas dificuldades de não sabermos o que fazer, também influenciam nossas relações com quem dividimos os espaços.

Mudanças radicais podem e acontecem. Influenciam sim no nosso convívio em casa, não estávamos acostumados a vivermos 24 horas juntos. Surgem muitos conflitos e as diferenças das personalidades de cada um Influencia nos afazeres domésticos, e como vamos administrar tantas informações, consequências as mais diversas.

Consequências na saúde psíquica:

São décadas fazendo de uma forma, teremos que reaprender esta nova proposta de vida, são meses em confinamento, tudo que temos de bom e de ruim se potencializa. Podemos adoecer, fisicamente e psicologicamente. Depressão, ansiedade, síndrome do pânico, fobias, etc., nos alcançaram.

Nosso convívio com todos da nossa casa era de algumas horas juntos e nos finais de semana, nas festas de aniversários da família, de amigos, casamentos, nascimentos, etc. A maioria da população saia para trabalhar.

As classes baixa, média ou alta voltavam para casa com tudo planejado para o outro dia. Acordavam cedo levavam os filhos na escola. A casa já estava toda organizada. A alimentação, tempo para ficarem juntos, festas, saídas sociais, as mais diversas atribuições, etc…

A ansiedade, o medo, as patologias que não tínhamos, agora estão se desenvolvendo em nós, o pânico toma conta. Nem todos estão com paciência para entender as dificuldades do outro. A maioria das pessoas estão vivendo crises de relacionamentos.

Todos desta casa do mais novo até o mais velho estão com os ‘’nervos à flor da pele’’ como dizem. Qualquer situação fora do controle já se irritam e demonstram sua fúria. E os casais? Estes sim estão sofrendo, brigas constantes, pedidos de divórcios, concretizar o que já havia sido planejado antes da pandemia, confirmação de decisões, pouco reconhecimento para não divorciar. Estamos em crise existencial, não temos certeza de nada. E as crianças? Nem se fala.

No contexto de pandemia de Covid 19 e o confinamento:

A violência doméstica aumentou consideravelmente, abusos sexuais, agressões físicas e verbais. Importante é todos saberem o que se denomina cada caso e como se apresenta a violência doméstica. É física, psicológica, emocional, etc. Se precisar buscar ajuda e denunciar quem está vivendo a violência, é importante denunciar.

Os atendimentos on line aumentaram, remédios para acalmar os “nervos” foram solicitados a cada ida ao pronto socorro. Precisamos neste tempo de pandemia, da ajuda de profissionais da área Psicológica, muito mais do que nos momentos em que vivíamos ocupados e sem vírus da covid 19.

Talvez antes desta tragédia nos alcançar, se tivéssemos cuidando de nossa saúde mental, nós teríamos mais equilíbrio para lidar com os medos. Os divórcios e as agressões domésticas não estariam com as estatísticas tão altas.

Precisamos entender de uma vez por todas que a saúde mental também faz parte de nosso equilíbrio e qualidade de vida. Não podemos mais achar que os profissionais; Psicólogos, Conselheiros, Coach, Psiquiatras, Padres, Pastores, etc..; não só cuidam de doentes mentais patológicos. Estes também cuidam de pessoas com dificuldades nas relações, na comunicação da família em seus vários aspectos, etc.

Todos que cuidam da saúde mental, podem nos trazer o alívio em tempos difíceis. Podemos então dizer que se buscássemos ajuda destes profissionais, as estatísticas não estariam tão alarmantes no que diz respeito aos relacionamentos, com quem convivemos no confinamento. Busquem ajuda antes que as doenças mentais alcancem vocês.

ONDE ENCONTRAR

Psicóloga Mara Guerra

Psicóloga e Coach Emocional

Atendimento online – (92) 98415.8221

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