Inaugurada em 1912 e tombada pelo Iphan, a ferrovia foi construída para ligar Porto Velho e Guajará-Mirim, às margens dos rios Madeira e Mamoré, e escoar a produção de borracha. Suas obras duraram 40 anos e resultaram na morte de milhares de trabalhadores e em muitas lendas. Porto Velho, capital de Rondônia, é rodeada pelas florestas às margens do Rio Madeira, no qual é possível fazer passeios de barcos para ver botos e aproveitar cachoeiras e parques, como o Parque Natural de Porto Velho e o Parque Circuito Dr. José Adelino da Silva.

Foto: Divulgação

O que antes parecia um monte de ferro retorcido deu lugar à retomada de parte da legendária Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFFM), a afirmação partiu do Vice-Presidente da Associação dos Ferroviários (ASFEMAM), George Telles de Menezes, 60, nessa terça-feira 11.

Ao lado do presidente José Bispo de Morais, 86, Georges Telles, remanescentes e dirigentes da categoria, autoridades e do prefeito Hildon Chaves, no domingo 9, os passeios na Litorina foram retomados, oficialmente, num trecho de 2.300 metros.

Devidamente caracterizados, com coletes em tom caqui e quepes, referencias à função de cada operador, os mesmos usados no período da circulação dos trens.

Ao preço de R$ 5 a passagem, com capacidade para 14 pessoas, A LITORINA deu o ar da graça sobre os trilhos da ferrovia num domingo de Sol e ambiente lúdico. Um público heterogêneo, entre moradores do entorno, ferroviários, autoridades, visitantes e turistas – a grande ausência foi de intelectuais e pesquisadores.

Foto: Diário da Amazônia

No ‘tira e bota’ o quepe da cabeça, ofegante e passivo de atenção medica até a um momento da solenidade, Bispo de Morais, acreditava na véspera da inauguração dos passeios que, “não sei se irei suportar de tanta felicidade presenciando esse ato cidadão”, disse ele ao Vice-Presidente George Telles, O Carioca.

Foto: Diário da Amazônia

Feliz, de verdade, será quando em vida assistir a Maria Fumaça retomar as viagens sobre os trilhos de Porto Velho a Guajará-Mirim, confessou.

Na fala do prefeito Hildon Chaves – a primeira em que teria admitido o sucesso dos ferroviários pelos resultados positivos obtidos, em Brasília, quanto a inclusão da Estrada de Ferro Madeira Mamoré no Plano Nacional de Recuperação de Ferrovias do Governo Federal através do DNIT -, o mandatário discorreu o investimento de R$ 200 mil nos trabalhos de infraestrutura.

José Bispo de Morais e seus comandados se disseram orgulhosos da ação conjunta entre todos os amigos, apoiadores e parceiros do projeto de revitalização.

Fonte: Diário da Amazônia