Episódios de agressividade podem ocorrer desde a infância. Afinal, trata-se de uma reação comum que todos podemos ter para lidar com situações desagradáveis e frustrações. Talvez você já tenha presenciado com o seu filho: ele pode demonstrá-la batendo nos outros (ou até nele mesmo), ou se jogando no chão e esperneando porque não teve algo que queria. Mas será que isso pode ser considerado uma agressividade exagerada?
Situações como as que eu citei, por mais que sejam situações chatas, são naturais, que fazem parte do comportamento humano. O problema ocorre quando esses episódios se tornam recorrentes. Nesse caso pode ser que se trate de um quadro chamado Transtorno Explosivo Intermitente (TEI). A principal característica dele é a agressividade exagerada, desproporcional e repetitiva. E é importante que os pais fiquem alertas, pois saber lidar com o transtorno vai ajudar muito todos da família. A seguir, veja mais informações sobre o TEI.
Será que o meu filho tem TEI?
A identificação do transtorno não é simples. Não existe um número de episódios de agressividade que o caracterize. Porém, vale ficar atento se a criança apresenta um nível de agressividade muito alto – muitas vezes que começa com o estresse nas alturas, e depois resulta em demonstração de um arrependimento profundo. Se a preocupação aparecer, vale conversar com o pediatra do filhote ou procurar um psicólogo.
Vale saber que a ciência vem demonstrando que a maioria dos distúrbios do comportamento infantil tem causas ligadas às emoções. Com isso, o quadro pode se manifestar especialmente em crianças que sofrem com situações como bullying e violência doméstica, por exemplo. Por isso, vale voltar a atenção para a família e as pessoas próximas do convívio do pequeno, pois muitas vezes uma situação estressante vivida pelos pais pode refletir nesse comportamento agressivo.
Como ajudar meu filho a superar a agressividade exagerada?
Ao presenciar um ato agressivo muito exagerado do seu filho, intervenha. Isso não significa bater, porque violência não se resolve com violência (e as crianças aprendem muito por observação, repetindo nossas atitudes, ou seja, o ato violento pode alimentar esse comportamento). O mais indicado é tirar a criança daquela situação – tirando-a do chão, pegando no colo ou segurando a mão dela caso ela esteja se batendo. Se você perder a paciência (pois nem sempre é fácil controlar uma criança nesses momentos), deixe-a em um lugar seguro (como o berço) e saia por alguns minutos, até se acalmar.
Mais uma atitude válida é levar carinho. Abraço, colo e direcionar a atenção à criança, com olho no olho, acolhimento e abertura para o diálogo também podem contribuir para controlar a situação. E se sentir necessidade, tanto para a criança quanto para os pais, buscar ajuda de um profissional, como um psicólogo, pode ser bastante válido.